Impacto da Covid-19 nas Companhias com Práticas de Sustentabilidade: Um Estudo de Evento
Resumo
Objetivo: Este estudo tem por objetivo comparar a performance das ações das companhias que constam na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) com as que participam do segmento tradicional da Brasil, Bolsa, Balcão (B3).
Fundamento: Segundo a teoria de mercados eficientes, todos os títulos são precificados corretamente, refletindo a totalidade das informações disponíveis sobre eles. O retorno esperado das ações é explicado pelo risco de mercado associado à empresa. Assim, no caso daquelas que adotam práticas ESG, espera-se que eventuais ganhos estejam precificados na mitigação de seus riscos. Tais argumentos suportam a hipótese H1 de que empresas que adotam práticas de sustentabilidade têm retorno superior às demais.
Método: Essa análise se dá por meio de um estudo de evento, considerando a data do primeiro óbito oficial pela Covid-19 no Brasil em 15 de março de 2020.
Resultados: Os retornos acumulados anormais são negativos para ambas subamostras. Porém, a média das companhias que compõem o ISE é de -1.28%, enquanto que a do segmento tradicional é de -10.15%. Assim, é possível afirmar que as empresas que adotam práticas de ESG apresentam um resultado 8.87% estatisticamente significativo e superior as que não o fazem. Segundo o teste t, essa diferença é estatisticamente significativa, confirmando a H1 desse estudo.
Contribuições: Esse estudo contribui para a análise do impacto da adoção de práticas de ESG no Brasil – durante a Covid-19, bem como em mercados e economias emergentes.
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