Avaliação do Efeito do Peróxido de Carbamida a 16% na Microdureza do Esmalte Dental Humano

Resumo

Objetivo: Este trabalho teve como objetivo analisar os efeitos causados pelo agente clareador Peróxido de Carbamida a 16% sobre a microdureza do esmalte dental humano. Metodologia: A amostra deste estudo foi composta por 10 dentes humanos, terceiros molares hígidos extraídos por indicação ortodôntica, obtidos através de doações das clínicas de Cirurgia I e II do curso de Odontologia da UFPB. Os quais foram seccionados a fim de se obter 10 fragmentos de esmalte com 4×4 mm de comprimento e 2×2 mm de espessura; que posteriormente foram embutidos em resina acrílica quimicamente ativada para obtenção dos corpos de prova, os quais foram submetidos ao clareamento com Peróxido de Carbamida a 16%. A microdureza do esmalte foi mensurada antes e após o clareamento, através da confecção de 5 indentações paralelas com 100 µm de distância entre cada uma, com penetrador tipo Knoop sendo utilizada uma carga de 100g associada ao tempo de 15s de permanência. Em seguida foi realizada a medida de dureza Vickers nas superfícies de base e topo, em cinco pontos eqüidistantes. Resultados: Os resultados das leituras da microdureza inicial do esmalte dental apresentaram em média uma microdureza Vickers de 395.2. As leituras finais da microdureza do esmalte dental após tratamento clareador com peróxido de carbamida a 16% apresentaram em média uma microdureza Vickers de 380.91. Os valores de perda e recuperação da microdureza da superfície do esmalte após 21 dias do tratamento clareador com peróxido de carbamida a 16%, mostraram que para o grupo analisado houve uma redução de aproximadamente 2,5% na microdureza, porém sem apresentar diferença estatística significante. Conclusão: Como peróxido de carbamida a 16% não promoveu alterações estatisticamente significantes entre a microdureza do esmalte dental inicial (não clareado) e final (após clareamento), ele não representa risco de prejuízo a superfície do esmalte e a saúde dental do usuário.