Formação para o SUS e as Perspectivas de Atuação Profissional em Odontologia
Resumo
Introdução: A transformação do modelo curativista então vigente se deu a partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), o que direcionou a saúde pública brasileira para práticas integrais e preventivas. Novas práticas de atenção demandam novas práticas de formação em saúde. Objetivos: Este estudo objetivou identificar a percepção de graduandos de Odontologia da UFPB sobre o SUS, seus anseios frente à atuação profissional e o processo de formação para tal sistema. Metodologia: Utilizou-se uma abordagem indutiva, com procedimento estatístico-comparativo e técnica de observação direta extensiva, a partir de questionário. Do universo de 344 estudantes matriculados em odontologia, retirou-se uma amostra de 172 (50%). Resultados: De acordo com a metodologia, 87 alunos (50,6%) acreditam que o SUS é um espaço de atendimento de qualidade, que prioriza a humanização, a equidade e a resolutividade dos procedimentos, sob um sistema hierarquizado em três níveis de complexidade. No PSF, o cirurgião-dentista deve responsabilizar-se por ser resolutivo e por organizar programas preventivos junto à comunidade (88,4%). Para 78 estudantes (46,5%), a organização curricular não é capaz de proporcionar subsídios à prática profissional. 79,65% acham que o profissional competente se caracteriza por aprender continuadamente. Mesmo com grande maioria destinando-se à especialização (97,65%), 68,6% pretendem atender casos de qualquer natureza. 88,4% informaram interesse em conciliar os empregos público e privado. 89,7% dos estudantes pretendem trabalhar no serviço público. Porém, destes, apenas 27,9% infere afinidade com saúde coletiva. 63,4% visam o emprego privado, objetivando lucratividade e independência profissional. Conclusões: Concluiu-se que os acadêmicos têm uma visão coerente ao papel esperado para o profissional e a Odontologia no SUS. Há forte tendência à especialização e poucos afirmam ter afinidade com o trabalho no Sistema; a maioria visa conciliar os empregos público e privado. Os estudantes questionam o modelo formador e valorizam a educação permanente em saúde.Downloads
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