Caracterização do serviço radiológico dentário no estado da Paraíba: evidenciando desigualdades e sub-registros

Autores

  • Ronaldo Lira Júnior
  • Deborah Brindeiro de Araújo Brito
  • Yuri Wanderley Cavalcanti
  • Laryza Neves Delmondes
  • Rosana Leal do Prado
  • Wilton Wilney Nascimento Padilha

Resumo

Introdução: Um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) aponta para a democratização do acesso às ações e serviços de saúde, garantindo alcance equânime a todos os usuários. Objetivo: Objetivou-se caracterizar a oferta de serviços radiológicos dentários no estado da Paraíba, concebendo os fatores: população abrangida; população cadastrada na atenção básica; quantitativo de aparelhos de Raios-X Odontológico (ARXO); Produção Ambulatorial de Exames Radiográficos; e Distribuição por mesorregiões paraibanas. Metodologia: Utilizou-se uma abordagem indutiva, com procedimento comparativo-descritivo e técnica de documentação indireta. O número e distribuição dos aparelhos foram obtidas do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). A população total e a população coberta pela Atenção Básica foram coletadas do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). A produção ambulatorial de radiografias dentárias foi coletada do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA). Resultados: Das 223 cidades da Paraíba, 21,1% (n=47) possuem ARXO. Ao total, existem 356 aparelhos em uso, sendo 77,2% (n=275) privados e 22,8% (n=81) pertencentes ao SUS. O quantitativo de pessoas, para cada ARXO do estado, é de 16609. O número de cadastrados da Atenção Básica, para cada ARXO do SUS, é 20922. A média mensal e semestral da produção ambulatorial de radiografias são, respectivamente, 212,1 e 1272,7. Verificou-se que 36,2% (n=17) das cidades não registraram produção de radiografias dentárias durante o último semestre de 2008. O Sertão apresenta-se como a mesorregião que possui o maior número de cidades com ARXO (38,3%; n=18). Com relação à quantidade de aparelhos, a Zona da Mata concentra 66,9% (n=238) do total. No serviço público, as cidades com aparelho se concentram no Sertão (41 %; n=18); e o número de aparelhos, na Zona da Mata (39,5%; n=32). Conclusão: Conclui-se que poucas cidades possuem ARXO, sendo o serviço ofertado predominantemente privado, com alto índice de pessoas por aparelhos e distribuído de forma não eqüitativa . O registro de produção é insuficiente.

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