39-48 Presença de estudantes autodeclarados negros e pardos em um curso de bacharelado em Odontologia
Resumo
Introdução: Na Odontologia, ainda não é evidente como as questões relacionadas à raça e etnia se apresentam no corpo discente das Instituições de Ensino Superior (IESs) que oferecem este curso. Objetivo: conhecer a frequência e perfil de estudantes que se autodeclaram negros e pardos no curso de Odontologia de uma IES em João Pessoa – PB. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo, observacional, com abordagem quantitativa. Foi aplicado um questionário estruturados à 234 estudantes, escolhidos por conveniência, visando obter informações sociodemográficas e acadêmicas dos participantes, dados estes relacionados ao objetivo do estudo. Na análise dos dados foram obtidas distribuições absolutas e percentuais e as medidas estatísticas de tendência central e dispersão. A digitação dos dados e as medidas estatísticas descritivas foram realizados através do Microsoft Excel. Resultados: Foi observado que a maior parte dos estudantes eram do sexo feminino (75%), com idade média de 23 anos (DP=4,75). Cerca de 49,15% se autodeclaram como brancos, enquanto 43,16% se declararam como pardos e apenas 2,56% como negros. Associado a isso, 28,63% dos estudantes eram bolsistas, sendo apenas 5,98% beneficiários pelo ProUni. Em relação ao financiamento estudantil, 29,91% eram financiados pelo FIES e 15,81% pelo PRAVALER. Além disso, 50,43% não tinham nenhum financiamento estudantil. Conclusão: Um baixo número de estudantes se autodeclararam negros e pardos na instituição em relação ao número de participantes brancos que responderam à pesquisa. Esses resultados foram discutidos com base nas perspectivas históricas e econômicas que circundam as diferenças sociais, bem como acerca das especificidades do curso de Odontologia.Downloads
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Publicado
2021-03-10
Edição
Seção
Pesquisa