Relação entre transtornos de deglutição e a mucosite oral radioinduzida em pacientes oncológicos: revisão integrativa

Resumo

Introdução: O conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células é chamado de câncer. Um dos tratamentos consiste na terapia antineoplásica, que objetiva destruir neoplasias ou células malignas. O carcinoma espinocelular (CECCP), um dos casos de câncer de cabeça e pescoço (CCP), é o tipo mais frequente e algumas das sequelas desse tratamento é a mucosite oral e a disfagia (dificuldade de deglutição), visto que a agressão à cavidade oral por meio de processo inflamatório irá deixar a região sensível e dolorosa, interferindo na alimentação do paciente. Objetivo: Esse estudo buscou avaliar estudos que correlacionem diretamente ou indiretamente os transtornos de deglutição e mucosite oral radioinduzida em pacientes oncológicos. Metodologia: Foram levantados trabalhos nas bases de dados: Scielo, PubMed, Lilacs e Google Acadêmico com as palavras chave: “radioterapia”, “quimioterapia”, “mucosite”, “oncologia”. Foram incluídos estudos originais e revisões de literatura com resultados referentes à disfagia e câncer de cabeça e pescoço. Resultados: Com a relação entre mucosite e disfagia à terapia radioinduzida, os 9 estudos selecionados voltaram-se para a eficácia de tratamentos paliativos como a laserterapia de baixa intensidade, uso de enxaguatórios bucais e posicionamento de stents. Conclusão: A radiação administrada no tratamento contra o CCP relaciona-se à efeitos adversos agudos, como mucosite oral e disfagia. Esse estudo traz que a laserterapia de baixa potência e enxaguantes bucais amenizam a sintomatologia e promovem a redução da xerostomia. Entretanto, o posicionamento de stents apresenta eficácia inconclusiva.