Manejo cirúrgico de Osteoma em Osso Frontal: Relato de Caso

Resumo

Introdução:  Os osteomas são lesões benignas, de crescimento lento e assintomáticos, podendo ocorrer em qualquer idade e possui predominância pelo genêro masculino. A sua etiologia ainda está em debate, tendo como hipóteses: inflamação, anomalia congênita, alterações embriogênicas, tentativa de reparo mas sem evidência de fratura, infarto ou infecção. Essas lesões são geralmente pequenas sendo comumente detectadas como achados radiográficos, ou quando há expansão do tecido, causando assimetria facial ou distúrbio funcional. A radiografia simples e a Tomografia Computadorizada geralmente são suficientes para diagnosticar e dimensionar a lesão com o propósito de realizar um planejamento cirúrgico mais adequado, mostrando o relacionamento entre o tumor e as estruturas adjacentes. O osteoma pode ser dividido em três grupos: central, quando surge do endósteo; periférico, quando surge do periósteo; extraesquelético, quando se desenvolve a partir de tecido mole. Em geral os osteomas não requerem tratamento cirúrgico, sendo submetidos ao tratamento conservador por meio de acompanhamento clínico e exames de imagens. A indicação cirúrgica depende de alguns fatores, dentre eles, a extensão da lesão, complicações para o paciente e sintomatologia. O objetivo desse trabalho é relatar o manejo cirúrgico de um osteoma em osso frontal com osteoplastia da lesão e rotação de retalho de pericrânio de uma paciente feminina, de 45 anos, que procurou o serviço de Cirurgia Buco Maxilo Facial do Hospital Universitário do Piauí (HU/UFPI).