IMAGEM ETNOGRÁFICA:

UMA QUESTÃO DE OPACIDADE E DE EQUÍVOCO

Autores

  • Iago Porfírio Universidade Federal da Bahía (UFBA/CNPq)

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2022.n14.64555

Resumo

Neste artigo, intento debater o lugar que as imagens ocupam na pesquisa etnográfica e o interesse metodológico de inserir nesta um caráter visual. Segundo Novaes (2014), as imagens comunicam, e, ainda quando em silêncio, é preciso considerar o que têm a dizer, sobretudo no trabalho empírico. Gostaria de pensar em particular a fotografia enquanto instrumento que se abre em gestos e expressões para uma pesquisa de campo; e seu uso, como tecnologia de produção para a construção da narrativa etnográfica visual, a exemplo da experiência do filme etnográfico. A hipótese aqui desenvolvida é se a fotografia pode operar como tradução dos conhecimentos coletados em campo. Para isso, é importante destacar o interesse metodológico do uso da imagem, do pesquisador-fotógrafo ao pesquisador-cineasta. Como exemplo, analisa-se o filme etnográfico Les maîtres fous (Os mestres loucos), de Jean Rouch (1954).

PALAVRAS-CHAVE:

Etnografia. Imagem. Narrativa visual. Filme etnográfico.

Foto:  Maureen Bisilliat, Jovens e velhas pescando na lama. Série Caranguejeiras, 1968. Acervo Instituto Moreira Salles.

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Biografia do Autor

Iago Porfírio, Universidade Federal da Bahía (UFBA/CNPq)

Doutorando em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/CNPq). Pesquisador do Grupo de Pesquisa Nanook, vinculado ao Laboratório de Análise Fílmica (LAF/POSCOM/UFBA).

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Publicado

2023-01-13