Ofício, profissionalização e perspectivas de regulamentação da profissão em Antropologia no Brasil: breve histórico e atualização de dilemas enfrentados e vindouros
Abstract
Este artigo relata e analisa a trajetória de atividades, debates e incidências promovidas pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA) em torno dos temas da definição do ofício, da profissionalização e das perspectivas de regulamentação da profissão de antropólogo/a no Brasil, desde as ações provocadas pelo Grupo de Trabalho do Ofício do/a Antropólogo/a, em sua curta existência de dois anos (2006-2008). Tematizam-se as mudanças ocorridas na última década e meia no contexto da formação e da atuação profissional em Antropologia, e as discussões e iniciativas relativas à regulamentação da profissão de antropólogo/a, realçando os dilemas implicados. Organizado na forma de uma cronologia linear de eventos e de complexificação progressiva das questões, o artigo não faz nenhuma grande reflexão de síntese sobre todo esse processo, mas espera que o amplo compartilhamento dessas informações contribua com a qualificação dos debates sobre os desafios para a atuação de profissionais de Antropologia no país hoje.Downloads
References
ALBERT, Bruce. Anthropologie appliquée ou ‘anthropologie impliquée’? Ethnographie, minorités et développement. In BARÉ, Jean-François (org.). Les Applications de l’Anthropologie: Un essai de refléxion collective depuis la France. Paris: Karthala, 1995. p. 87-118.
ALMEIDA, Alfredo W. B. Uma campanha de desterritorialização. Direitos territoriais e étnicos: a bola da vez dos estrategistas dos agronegócios. Revista Proposta, Ano 31, nº 114 (‘Amazônia: velhos dilemas, novos desafios’), p. 33-36, out./dez. 2007.
ALMEIDA, Mauro W. B. de. Desenvolvimento e responsabilidade dos antropólogos. In ARANTES, A. A.; RUBEN, G. R.; DEBERT, G. G. (orgs.). Desenvolvimento e Direitos Humanos: a responsabilidade do antropólogo. Campinas: EdUnicamp, 1992. p. 111-122.
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Antropologia. Protocolo de Brasília. Laudos Antropológicos: condições para o exercício de um trabalho científico. Rio de Janeiro: ABA, 2015. 30 p.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Luís Roberto. Ofício do Antropólogo, ou Como Desvendar Evidências Simbólicas. Série Antropologia, nº 413, Brasília: DAN/UnB, 2007. 21 p.
GUEDES, Simoni Lahud. A prática da antropologia e suas aplicações práticas: notas sobre ensino e pesquisa. In TAVARES, F.; GUEDES, S. L.; CAROSO, C. (eds.). Experiências de Ensino e Prática em Antropologia no Brasil. Brasília, DF: Ícone Gráfica e Editora, 2010. p. 63-75.
LEITE, Ilka Boaventura. Laudos Periciais Antropológicos em Debate. Florianópolis: NUER/UFSC e ABA, 2005. 288 p.
MULLER, Cíntia Beatriz. A prática Antropológica: o desafio de trabalhar em organizações não governamentais. In TAVARES, F.; GUEDES, S. L.; CAROSO, C. (eds.). Experiências de Ensino e Prática em Antropologia no Brasil. Brasília, DF: Ícone Gráfica e Editora, 2010. p. 89-96.
OSTROWSKI, Antonio. Nota Informativa nº 1.525/2011 (Referente à STC nº 2011-04730, do Gabinete da Liderança do Partido dos Trabalhadores, acerca da regulamentação de profissões). Consultoria Legislativa. Brasília, 15 de junho de 2011. 18 p.
RAMOS, Alcida Rita. O Índio Hiper-real. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, n° 28, jun. 1995, p. 5-14.
SILVA, Gláucia (org.). Antropologia Extramuros: novas responsabilidades sociais e políticas dos antropólogos. Brasília: Paralelo 15, 2008. 184 p.
SILVA, Orlando S.; LUZ, L. e HELM, C. (orgs.). A Perícia Antropológica em Processos Judiciais. Florianópolis: EdUFSC, 1994. 146 p.
TAVARES, Fátima; GUEDES, S. L. e CAROSO C. (eds.). Experiências de Ensino e Prática em Antropologia no Brasil. Brasília, DF: Ícone Gráfica e Editora, 2010. 104 p.
TRAJANO FILHO, Wilson; RIBEIRO, G. L. (eds.). O Campo da Antropologia no Brasil. Rio de Janeiro: Contracapa Editora, 2004. 269 p.
VÍCTORA, Ceres Gomes; OLIVEN, R. G.; MACIEL, M. E.; ORO, A. P. (orgs.). Antropologia e Ética: o debate atual no Brasil. Niterói: EdUFF, 2004. 207 p.
Downloads
Published
Issue
Section
License
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).