Onde estão os bebês? reflexões para sua construção conceitual a partir de um debate interdisciplinar

Authors

  • Nazareth Salutto Universidade Federal Fluminense
  • Anelise Monteiro do Nascimento Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2019v1n8.40759

Abstract

Este texto tem como objetivo apresentar refexxes que visam compreender o bebê como categoria de análise nas Ciências Humanas. Para tanto, partimos do debate no interior do campo da Educação Infantil, por meio de revisão de literatura, na qual é possível identificar avanços no que diz respeito aos estudos sobre, com, para se pensar os bebês. Ressalta-se o caráter interdisciplinar das pesquisas que, por sua vez, contribuem para avançarmos da questão “onde estão os bebês?”, para se pensar a constituição de uma categoria conceitual bebê, que possa colaborar para o debate político, acadêmico em torno da visibilidade social do bebê como pessoa.

PALAVRAS-CHAVE. Bebês. Interdisciplinaridade. Pesquisa. Ciências Humanas.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ARRUDA, Glacione R. da Silva. Quem são e onde estão os bebês? Conceito, Políticas e Atendimento na Baixada Fluminense. 2019. 177 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeriro.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alteraçxes determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Ediçxes Técnicas, 2016.

______. Referencial Curricular para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

______. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. CAMPOS Maria Malta; ROSEMBERG, Fúlvia (Orgs.). Brasília: MEC, SEB, 2009a.

______. Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009b.

______. Parecer Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. BRASÍLIA: 2009c. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/ pceb020_09.pdf>. Acesso em: dez. de 2018.

______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 2010.

______. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei nº 8.069, de 13/09/1990. Niterói: Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 2010c. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei8069_02.pdf>. Acesso em: dez. 2018.

______. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, SEB, 2017 BUBER, Martin. ¿Qué es el hombre? Tradução de Eugenio Ímaz. México: FCE, 1949.

______. Eu e Tu. Tradução, introdução e notas de Newton Aquiles Von Zuben. 2. ed. São Paulo: Moraes, 1974.

______. El caminho Del ser humano y otros escritos. DÍAZ, Carlos (tradução e notas). Madri: Fundación Emmanuel Mounier, 2003.

______. Do diálogo e do dialógico. Campinas: Perspectiva, 2009.

BUSS-SIMÃO Márcia; ROCHA Eloisa A. Candal, GONÇALVES, Fernanda. Percursos e tendências da produção científica sobre crianças de 0 a 3 anos na Anped. Rev. bras. Estud. pedagog. [Online], Brasília, v. 96, n. 242, p. 96-111, jan./abr. 2015.

CAMPOS, Maria Malta; ROSEMBERG, Fúlvia; FERREIRA, Isabel M. Creches e PréEscolas no Brasil. 2. ed. São Paulo: Cortez/Fundação Carlos Chagas, 1995.

COHN, Clarice. Noçxes sociais de infância e desenvolvimento infantil. Cadernos de Campo, n. 9, p. 13-26, 2001.

______. Antropologia da Criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2005. COUTINHO, Ângela Maria Scalabrin. A ação social dos bebês: um estudo etnográfico no contexto da creche. 2010. 291 f. Tese (Doutorado em Estudos da Criança) – Instituto de Educação, Universidade do Minho, Braga.

______. Os novos estudos sociais da infância e a pesquisa com crianças bem pequenas. Educativa, Goiânia, v. 19, n. 1, p. 762-773, set./dez. 2016.

DANIC, Isabelle; DELALANDE, Julie; RAYOU, Patrick. Enquêter auprès d’enfants et de jeunes: objets, méthodes et terrains de recherche en sciences sociales. Rennes: PUR, 2006.

FREITAS, Marcos Cezar de; BICCAS, Maurilane de Souza e. História social da educação no Brasil (1926-1996). São Paulo: Cortez, 2009.

GOBBATO, Carolina; BARBOSA, Maria Carmen Silveira. A (dupla) invisibilidade dos bebês e das crianças bem pequenas na educação infantil: tão perto, tão longe. Revista Humanidades e Inovação, v. 4, n. 1, p. 21-36, 2017.

GONÇALVES, Fernanda; ROCHA, Eloisa Acires Candal. Indicativos da produção científica para a educação dos bebês e crianças bem pequenas no contexto da educação infantil. Revista zero a seis. v. 19, n. 36, p. 397-410, jul./dez. 2017.

GOTTLIEB, Alma. Para onde foram os bebês? Em busca de uma antropologia de bebês (e de seus cuidadores). Psicologia USP, São Paulo, v. 20, n. 3, p. 313-336 jul./set. 2009.

______. Prefácio. In: MÜLLER, Fernanda (org.). Infância em perspectiva: pesquisas e instituiçxes. 1. ed. São Paulo: CORTEZ, 2010.

______. Tudo começa na outra vida: a cultura dos recém-nascidos no Oeste da África. São Paulo: Editora Fap-Unifesp, 2012.

GUIMARÃES, Daniela. Relações entre Crianças e Adultos no Berçário de uma Creche Pública na Cidade do Rio de Janeiro: técnicas corporais, responsividade, cuidado. 2008. 222 f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

HADAD, Lenira. A creche em busca de identidade. São Paulo: Ediçxes Loyola, 1991.

JAPIASSU, Hilton. Questões epistemológicas. Rio de Janeiro: Imago, 1981.

______. Nascimento e morte das ciências humanas. 2. ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1982.

______. Psicanálise: ciência ou “contraciência”? Rio de Janeiro: Imago, 1989.

KRAMER, Sonia. A política do Pré-Escolar no Brasil. A arte do disfarce. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Dois Pontos, 1987.

MATTOS, Maria Nazareth de S. Salutto de. Bebês e livros: relação, sutileza, reciprocidade e vínculo. 2018. 200 f. Tese (doutorado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Educação, Rio de Janeiro.

MONTANDON, Cléopatre. Sociologia da infância: balanço dos trabalhos em língua inglesa. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 112, p. 33-60, mar. 2001.

NUNES, Maria Fernanda R., CORSINO, Patrícia, DIDONET, Vital. Educação Infantil no Brasil: primeira etapa da educação básica. Brasília: UNESCO/Ministério da Educação/ Fundação Orsa, 2011.

PIRES, Flávia. O que as crianças podem fazer pela antropologia? Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 16, n. 34, p. 137-157, jul./dez. 2010.

______. Pesquisando crianças e infância: abordagens teóricas para o estudo das (e com as) crianças. Cadernos de campo, São Paulo, n. 17, p. 133-151, 2008.

PROUT, Alan. Reconsiderando a nova sociologia da infância. Cadernos de Pesquisa, v. 40, n. 141, p. 729-750, set./dez. 2010.

ROCHA, Eloisa A. Candal. Infância e Educação: delimitaçxes de um campo de pesquisa. Educação, Sociedade e Culturas, n. 17, p. 67-88, 2002.

______. 30 anos da educação infantil na Anped: caminhos da pesquisa. Zero a Seis, Florianópolis, v. 1, n. 17, p. 52-65, jan./jun. 2008.

______; BUSS-SIMÃO, Márcia. Infância e educação: novos estudos e velhos dilemas da pesquisa educacional. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 4, p. 943-954, 2013.

ROSEMBERG, Fúlvia. A cidadania dos bebês e os direitos dos pais e mães trabalhadoras. In: FINCO, Daniela; GOBBI, Marcia Aparecida; FARIA Ana Lúcia Goulart de (Orgs). Creche e feminismo: desafios atuais para uma educação descolonizadora. Campinas, SP: Ediçxes Leitura Crítica/Associação de Leitura do Brasil – ALB; São Paulo: Fundação Carlos Chagas - FCC, 2015.

ROSSETTI-FERREIRA, Maria C.; AMORIM, Katia de S.; OLIVEIRA, Zilma de Moraes R. de. Olhando a criança e seus outros: uma trajetória de pesquisa em educação infantil. Psicologia USP, São Paulo, v. 20, n. 3, p. 437-464, jul./set. 2009.

SIROTA, Régine. Emergência de uma sociologia da infância: evolução do objeto e do olhar. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 112, p. 7-31, mar. 2001.

SCHMITT, Rosinete Valdeci. “Mas eu não falo a língua deles!”: as relaçxes sociais de bebês num contexto de educação infantil. 2008. 218 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Published

2019-07-31

Issue

Section

Dossiê Antropologia com bebês e suas cuidadoras (8ª edição)