“I'm not a healer, I'm a scientist!”

theater, psychiatry, neurosciences and epigenetics in the psychopathology of a doctor-actor

Authors

  • Felipe Magaldi Instituto de Antropología de Córdoba - UNC/CONICET

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2020v1n10.44488

Abstract

This article approaches the theories and therapeutic practices advocated by the Rio de Janeiro born doctor and actor Vitor Pordeus. He is the coordinator of the municipal public policy “The Madness Hotel”, developed from 2012 to 2016 at the Municipal Institute of Health Care Nise da Silveira, located in the district of Engenho de Dentro, in Rio de Janeiro. The focus of the project consisted in the offer of artistic activities - mainly theatrical ones - as a method of treatment for the so-called mental disorders, targeting internal and external patients. Based on ethnographic fieldwork, the text explores the controversies regarding the legitimacy of this practice, occurring in the context of triumph of biological psychiatry, as well as the activation of neuroscientific and genetic/ epigenetic discourses to justify its validity and effectiveness. It is argued that the molecular understanding of life is not only intended to nourish a deterministic and reductionist naturalism, but also articulates with practices discredited in the hierarchy of knowledges-powers.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Felipe Magaldi, Instituto de Antropología de Córdoba - UNC/CONICET

Doutor em Antropologia Social (Museu Nacional/UFRJ). Pós-doutorando do Instituto de Antropología de Córdoba - UNC/CONICET.

References

AUTOR. A Unidade das Coisas: Nise da Silveira e a genealogia de uma psiquiatria rebelde no Rio de Janeiro, Brasil. Tese (Doutorado em Antropologia Social), Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2018.

BATESON, Gregory. Steps to an ecology of mind: collected essays in anthropology,

psychiatry, evolution, and epistemology. University of Chicago Press, 1972.

_____. Mind and nature: a necessary unity. New York: Dutton, 1979.

BEZERRA Jr., Benilton. “Da contracultura à sociedade neuroquímica: psiquiatria e sociedade na virada do século. In: ALMEIDA, M. I. M.; NEVES, S. C.. (Org.). Por que não? rupturas e continuidades da contracultura. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007

DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. Mil mesetas. Capitalismo y esquizofrenia. Valencia, Espanha: Pré-textos, 1997

DUARTE, Luiz Fernando Dias. Da Vida Nervosa nas Classes Trabalhadoras Urbanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor/CNPq, 1986

_____. Antropología y psicoanálisis: retos de las ciências românticas em el siglo XXI. Culturas Psi, v.1, n.1, p.45-63. 2013.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1986

FREITAS-SILVA, Luna Rodrigues; ORTEGA, Francisco Javier Guerrero. A epigenética como nova hipótese etiológica no campo psiquiátrico contemporâneo. Physis, Rio de Janeiro , v. 24, n. 3, p. 765-786, Sept. 2014

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994

LUNA, Naara. Natureza humana criada em laboratório: biologização e genetização do parentesco nas novas tecnologias reprodutivas. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 12, n. 2, p. 395-417, Aug. 2005

MATURANA, Humberto & MPODOZIS, JORGE. The origin of species by means of natural drift. Rev. chil. hist. nat., Santiago , v. 73, n. 2, p. 261-310, jun. 2000

MATURANA, Humberto & VARELA, Francisco. El Árbol del Conocimiento. 13. ed. Santiago de Chile: Editorial Universitaria, 1996.

De Máquinas e Seres Vivos – autopoiese: a organização do vivo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

MELONI, Maurizio. “The cerebral subject at the junction of naturalism and antinaturalism”. In: ORTEGA, Francisco; VIDAL, Fernando (orgs.). Neurocultures: Glimpes into an expanding universe. Frankfurt e Nova York: Peter Lang, 2011

PIGNARRE, Philippe. O que é o medicamento? Um objeto estranho entre ciência, mercado e sociedade. São Paulo: Editora 34, 1999.

ROHDEN, Fabíola. “OS HORMÔNIOS TE SALVAM DE TUDO”: PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES E TRANSFORMAÇÕES CORPORAIS COM O USO DE RECURSOS BIOMÉDICOS. Mana, Rio de Janeiro , v. 24, n. 1, p. 199-229, abr. 2018

ROSE, Nikolas. Neurochemical selves. Society, v.41, n.1, p.46-59. 2003.

_____. A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus, 2013

RUSSO, Jane. “A pós-psicanálise – entre Prozac e Florais de Bach”. In: JACÓ-VILELA, Ana Maria; CEREZZO, Antonio Carlos & RODRIGUES, Helena de Barros Conde (orgs.), Clio- Psyche. Hoje. Fazeres e dizeres psi na história do Brasil. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001

RUSSO, Jane & HENNING, Marta. “O Sujeito da Psiquiatria Biológica e a Concepção Moderna de Pessoa”. Antropolítica, v. 6, p. 39-55, 1999

RUSSO, Jane & PONCIANO, Edna. “O sujeito da Neurociência: da naturalização do homem ao re-encantamento da natureza”. In: Physis (UERJ. Impresso), v. 12, n.2, p. 54-76, 2002.

SILVA, Glaucia Oliveira da & DUARTE, Luiz Fernando Dias. “Epigênese e epigenética: as muitas vidas do vitalismo ocidental”. Horizontes Antropológicos (UFRGS. Impresso), v. 22, p. 40, 2016.

VENANCIO, Ana Teresa. A construção social da pessoa e a psiquiatria: do alienismo à nova psiquiatria. Physis (UERJ. Impresso), v. 3, n. 2, p. 117-135, 1993.

_____. O Eu Dividido Moderno: uma análise antropológica da categoria esquizofrenia. Tese (Doutorado em Antropologia Social), Programa de Pós-Graduação emAntropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1998

Published

2020-09-14

Issue

Section

Dossiê Etnografias na Era da Genômica