Sem chegar perto e de dentro de casa

notas sobre antropologias, etnografias e seus fazeres em tempos de isolamento social

Autores/as

  • Ana Letícia de Fiori Professora Adjunta do Colegiado de Ciências Sociais, Universidade Federal do Acre.

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2447-9837.2020v1n10.55227

Resumen

Neste breve artigo, comento como, a despeito das mudanças paradigmáticas na concepção do trabalho de campo antropológico, o contexto de isolamento social na pandemia de covid-19 suscita questionamentos ao desenvolvimento do fazer antropológico, transformando planos, espaços e temporalidades de pesquisa, bem como trazendo desafios institucionais e pessoais às(aos) pesquisadoras(es). Indico que as demandas dos próprios sujeitos com quem fazemos pesquisa têm sido fonte de ação para antropólogas(os) nesse contexto, assim como os muitos fóruns de debate estabelecidos ou atraídos para a questão da pandemia, oferecendo olhares situados desde os campos prévios de pesquisa. Por fim, menciono sugestões para a etnografia durante o isolamento oferecidas por Daniel Miller e apresento a iniciativa que desenvolvo com alunas do curso de Ciências Sociais da UFAC, além da possibilidade de uma produção dialógica com atores sociais que permanecem engajados nos nossos campos e/ou no enfrentamento da pandemia, com quem é possível estabelecer colaborações profícuas.

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Publicado

2020-09-14