‘KIAL É O PEIXE GANHADO NA BEIRA DO PORTO’:
A PRÁTICA DE PARTILHAR O PEIXE NA VILA DOS PESCADORES, EM BRAGANÇA, PARÁ
Resumo
Este artigo faz reflexões sobre uma prática aparentemente livre realizada por pescadores/as e moradores/as da comunidade Vila dos Pescadores, Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, no município de Bragança, litoral do estado do Pará: o kial, que se resume aos atos de pedir e doar o peixe na beira do porto no momento do desembarque. Em decorrência da diminuição das safras de espécies mais rentáveis ao mercado, pescadores e pescadoras que trabalham dentro do estuário encontram dificuldades para manter a sua reprodução social. Dessa forma, além de um gesto de solidariedade e ajuda mútua, o kial tornou-se, também, uma prática comercial utilizada como estratégia para suprir as dificuldades financeiras desses atores e garantir a sua subsistência frente às intempéries da pesca artesanal.
PALAVRAS-CHAVE:
Antropologia da pesca. RESEX Marinha Caeté-Taperaçu. Vila dos Pescadores. Pesca Artesanal. Reciprocidade.
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