A COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SERGIPE E A CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS POVOS INDÍGENAS: reflexões sobre o papel do antropólogo no processo de retomadas das terras Xokó

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.46906/caos.n29.62849.p114-132

Palabras clave:

Comissão Pró-índio de Sergipe, Beatriz Góis Dantas, políticas públicas, Xokó

Resumen

O artigo tem como objetivo central observar as principais linhas de atuação da Comissão Pró-Índio de Sergipe (CPI/SE) em prol dos Xokó, que contribuíram para o reconhecimento identitário e a regularização da posse da Ilha de São Pedro pelo grupo indígena. Narra o processo de retomada das terras pelos Xokó e examina o papel epistemológico e político da antropóloga Beatriz Góis Dantas, fundadora da CPI/SE, na articulação com o Estado para o estabelecimento de políticas públicas para os Xokó, abordando a sua inserção na militância em favor do grupo indígena, com ênfase na sua participação nos debates sobre etnicidade Xokó como espaço de reivindicação dos seus direitos fundiários, contrapondo-se aos discursos universalistas dos seus antagonistas — instituições e autoridades públicas aliadas aos fazendeiros da família Brito — que buscavam negar-lhes a existência e apropriarem-se de suas terras. Aquela antropóloga acionou em seus discursos as modernas teorias sobre etnicidade, demonstrando a existência e a singularidade da cultura Xokó, que serviram como referência para o desenvolvimento das atividades da CPI/SE, colaborando para o reconhecimento étnico e a regulamentação jurídica da Ilha de São Pedro como terra indígena Xokó.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Diogo Francisco Cruz Monteiro, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduado em História (licenciatura) e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), doutorando em Antropologia pelo PPGA/UFPB. Membro do Grupo de Estudos Culturais, Identidades e Relações Interétnicas (GERTS/UFS) e do Laboratório de Antropologia, Política e Comunicação (LAPA/UFPB). Currículo Lattes.

Estêvão Martins Palitot, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia/UFPB. Membro do Grupo de Estudos em Território e Identidade (GETI/UFPB) e do Laboratório de Antropologia, Política e Comunicação (LAPA/UFPB). Currículo Lattes.

Publicado

2022-12-08

Número

Sección

DOSSIÊ ANTROPOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: CONFLUÊNCIAS EPISTÊMICAS