POEIRA DE ESTRELAS: adolescência e usos de drogas
Resumo
A experiência está focada na relação psicoterapeuta / cliente, no âmbito da clínica da drogadição, com ênfase na dinâmica adolescente. Constitui-se em uma abordagem com matriz interdisciplinar, de base hermenêutica, e utilização de recursos culturais, audiovisuais e da informática, observada no âmbito da antropologia da saúde. Originalmente com objetivos pedagógicos, a abordagem sugere implicações técnicas com a clínica psicológica – como a transferência, a identificação com ideais culturais, e o set terapêutico – além de trazer questões
epistemológicas e éticas. A relação terapêutica nesse contexto está sendo objeto de uma dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco, com o título “Drogar-se, adoecer, cuidar – Mitocrítica em um centro de tratamento de usuários de drogas em Recife” -, em um diálogo entre a psicologia clínica, a psicanálise e a antropologia. Os custos sociais de certos usos contemporâneos de drogas são altíssimos, e também o sofrimento individual, entre danos orgânicos e psicológicos. As autoridades sanitárias já utilizam o termo pandemia ao se referirem ao “problema” das drogas, que atualmente só perde o status de “inimigo público número um” para o terrorismo. A pesquisa que está andamento no Mestrado em Antropologia – PPGA / UFPE – constitui-se em uma tentativa de contribuir para uma análise crítica dos paradigmas e da eficácia de certas intervenções de prevenção e tratamento aos usos de drogas. A observação participante está sendo realizada em um centro de tratamento de usuários de drogas em Recife, com pacientes e profissionais de saúde; e também em um bairro da mesma cidade onde vive um grupo de usuários de drogas que não está em tratamento. A questão colocada é sobre como estão constituídos e se inter-relacionam os mitos subjacentes aos discursos dos pacientes usuários de drogas e de seus terapeutas.
Palavras-chave: adolescência, drogadição e psicoterapias.
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