PARA QUE SERVE A ESCALA DE COMUNICAÇÃO DE RISCO NUCLEAR? Reflexões sobre o acidente de Fukushima

Autores

  • Gláucia Silva UFF
  • Thaís Barrozo Melo UFF

Resumo

Empreendemos aqui uma reflexão sobre o papel da Escala Internacional de Eventos Nucleares – INES –, argumentando que sua utilização, ao simplificar as proporções dos acidentes nucleares e desmerecer a inclusão de balizas éticas na sua elaboração, trai sua função manifesta, isto é, a comunicação do risco para um público amplo, não revelando aspectos importantes dos acidentes, e servindo antes para a legitimação das atividades nucleares. Para tanto, enfocamos o lamentável acidente de Fukushima, ocorrido em 11/03/2011, tomando por base teórica as proposições de Ulrich Beck, segundo as quais a especificidade dos riscos contemporâneos consiste em consequências inéditas e nefastas para grandes parcelas da humanidade por um amplo período de tempo. Também nos apoiamos nas ideias desenvolvidas por Mary Douglas e Wildavsky, ao afirmarem que os cálculos sobre os riscos nunca são nem objetivos nem decorrentes de uma percepção individual, mas sim uma representação subjetiva – porque política – e sempre construída coletivamente.

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Publicado

18.12.2012

Como Citar

Silva, G., & Melo, T. B. (2012). PARA QUE SERVE A ESCALA DE COMUNICAÇÃO DE RISCO NUCLEAR? Reflexões sobre o acidente de Fukushima. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, (37). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/14900

Edição

Seção

Nº 37 - DOSSIÊ RISCO