JUVENTUDE RURAL, DO CAMPO, DAS ÁGUAS E DAS FLORESTAS: a primeira geração jovem dos movimentos sociais no Brasil e sua incidência nas políticas públicas de juventude

Autores

  • Elisa Guaraná Castro

Resumo

A partir dos anos 2000, observamos uma presença importante no cenário político nacional: a juventude como categoria de identificação política, configurando um campo político da juventude. Um ator que não se esgota na arena do debate das políticas públicas, uma vez que passa a intervir em outros campos e esferas da sociedade como identidade política. Essa organização política foi bastante evidente nos movimentos sociais e sindicais rurais, em que a juventude rural passa a se organizar nacionalmente sob a categoria juventude. Em forte diálogo com esse processo, também se configurou outro campo, o das políticas públicas de juventude, com intensa participação de pesquisadores, da juventude organizada e do governo. Na esfera governamental, tivemos a institucionalização da temática em iniciativas no âmbito do próprio governo federal, nos estados e municípios. A criação da Secretaria Nacional da Juventude e do Conselho Nacional da Juventude, em 2005, é determinante para que a temática assuma visibilidade nacional. Nesse contexto, observa-se a constituição da juventude como ator político e a relação desse processo com a configuração de dois campos: o das políticas públicas da juventude e o campo político da juventude. É sobre este contexto histórico, mais especificamente os 14 anos dos governos Lula-Dilma, que esse artigo pretende realizar um balanço, na perspectiva da organização da juventude rural, da constituição de uma primeira geração de jovens rurais que se identificam com a categoria juventude e do diálogo/incidência sobre a agenda e efetivação de políticas públicas para esse segmento.

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Biografia do Autor

Elisa Guaraná Castro

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Tem experiência na área de Sociologia e Antropologia, com ênfase em Sociologia Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: reforma agrária, juventude, juventude rural, políticas públicas e identidade social. É Professora Adjunto do Departamento de Letras e Ciências Sociais da UFRRJ e Professora Colaboradora do CPDA/UFRRJ.

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Publicado

26.06.2017

Como Citar

Castro, E. G. (2017). JUVENTUDE RURAL, DO CAMPO, DAS ÁGUAS E DAS FLORESTAS: a primeira geração jovem dos movimentos sociais no Brasil e sua incidência nas políticas públicas de juventude. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(45). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/30734

Edição

Seção

Nº 45 - DOSSIÊ REORDENAMENTO AGRÁRIO E REPRODUÇÃO SOCIAL