PORQUE REPRESENTAÇÕES SÃO UM PROBLEMA PARA REPRESENTACIONISTAS
DOI:
https://doi.org/10.7443/22717Palavras-chave:
argumento da transparência da consciência, condição representacional, qualia, representação, representacionismo.Resumo
Na filosofia da mente, filósofos de diferentes posições concordam que experiências são representações. Dentre esses filósofos, os representacionistas merecem especial destaque, pois defendem que esse caráter representacional da experiência é o que define a consciência. Para tanto, eles geralmente se fiam no argumento da transparência da consciência (cf. HARMAN 1990, DRETSKE 1995 e TYE 1995). Esse argumento, que foi introduzido por MOORE 1903, sustenta que não percebemos as propriedades das nossas experiências, antes percebemos as propriedades de objetos e eventos extramentais através das nossas experiências. O problema com essa visão é que ela parece incompatível com o que sabemos sobre como representações operam. Neste artigo, meu objetivo é expor esse problema.
[doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v6i2.22717]
Downloads
Referências
CHALMERS, D. The Conscious Mind. Oxford: Oxford University Press, 1996.
______. The Representational Character of Experience. In LEITER, B. (ed.). The Future for Philosophy. Oxford University Press, 2004.
CUMMINS, R. Meaning and Mental Representation. 3. ed. Cambridge, MA: MIT Press, 1995.
DRETSKE, F. Conscious Experience. Mind (New Series), v. 102, n. 406, p. 263-283, abr. 1993.
______. Naturalizing the Mind. Cambridge, MA: MIT Press, 1995.
______. How Do You Know You Are not a Zombie. In GERTLER, B. (Ed). Privileged Access: Philosophical Accounts of Self-Knowledge. Ashgate Publishing Limited, 2003.
FLORIDI, L. Information. In MITCHAM, C. Encyclopedia of Science, Technology and Ethics. Thomson Gale, 2005, p. 998-1004.
GARDNER, H. A nova ciência da mente. São Paulo: Editora EDUSP, 2003.
HARMAN, G. The Intrinsic Quality of Experience In TOMBERLIN, J. (ed.). Philosophical Perspectives, v. 4, Action Theory and Philosophy of Mind, 1990.
JACKSON, F. Epiphenomenal Qualia. The Philosophical Quarterly, v. 32, n. 127, p. 127-136, 1982.
LYCAN, W. Consciousness and Experience. Cambridge, Mass.: The MIT Press, 1996.
______. Representational Theories of Consciousness. In ZALTA, E. (ed.). Stanford Encyclopedia of Philosophy (SEP), 2000 (revisão em 2006). Disponível em: <http://plato.stanford.edu/entries/consciousness-representational/>
MARR, D. Vision: A computational investigation into the human representation and processing of visual information. Cambridge, Mass.: The MIT Press, 2010.
MOORE, G. The Refutation of Idealism. Mind, New Series, v. 12, n. 48, p. 433-453, 1903.
NAGEL, T. What Is It Like to Be a Bat? Philosophical Review, v. LXXXIII, n. 4, p. 435-450, 1974.
PEACOCK, C. Sense and Content: Experience, Thought, and Their Relations. New York: Oxford University Press, 1983.
PITT, D. Mental Representations In ZALTA, E. (ed.). Stanford Encyclopedia of Philosophy (SEP), 2012. Disponível em: <http://plato.stanford.edu/entries/mental-representation /#Representationalism>
ROSENTHAL, D. Two Concepts of Consciousness. Philosophical Studies: An International Journal for Philosophy in the Analytic Tradition, v. 49, n. 3, p. 329-359, 1986.
TYE, M. Ten Problems of Consciousness. Cambridge, Mass: The MIT Press, Bradford Books, 1995.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).