A FALÁCIA DA TEORIA DA EXPERIÊNCIA DE WILFRID SELLARS A PARTIR DE UMA NOÇÃO ETOLÓGICA EVOLUTIVA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v6i3.26410Palavras-chave:
Percepção, primatas, etologia.Resumo
Este artigo tem como objetivo argumentar em defesa da hipótese da não necessidade conceitual (entendido enquanto um aparato sígnico exclusivamente humano) para uma experiência perceptiva e consciente da realidade, bem como trazer argumentos contrários a teoria da experiência defendida por Wilfrid Sellars (uma teoria conceitualista, isto é, essencialmente antropocentrista da experiência perceptiva e consciente da realidade). Para a defesa de nossa hipótese, nos utilizamos de estudos realizados na área de etologia, bem como argumentos da grande área da biologia. Entendemos que os resultados de pesquisas atuais em tais áreas colocam em cheque grande parte da teoria da experiência desenvolvida por Sellars, teoria esta que se torna obsoleta devido ao avanço científico, mas que ainda, de modo contínuo, causam discussões intermináveis do âmbito da filosofia. A teoria da experiência de Sellars cai em descrédito no momento em que assumimos a teoria da evolução moderna como verdade. Apontaremos casos em que se pode constatar a ocorrência da percepção consciente em primatas, grupo esse escolhido devido à proximidade genética.
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