KANT E BUTLER, O ENSINO DO FILOSOFAR E A GENEALOGIA DO GÊNERO
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v11i3.54035Palavras-chave:
Kant, Butler, Filosofar, Crítica, GêneroResumo
o objetivo do presente artigo consiste em apresentar um caminho possível de aproximação entre o ensino de filosofia e as questões de gênero. Para este fim, busca dialogar com Immanuel Kant e Judith Butler e analisa o significado do “ensinar filosofar” para a genealogia do gênero. Em Kant, ensinar filosofia é ensinar a pensar, tarefa possível apenas por meio do método, tendo em vista a condição de imaturidade do aluno no uso do entendimento. A considerar que o método é a crítica, cujo caráter propedêutico se põe a serviço de algo além de si ou um objetivo futuro, parece relevante indagar pelo lugar que poderia ocupar nas investigações das formas de construção dos gêneros feitas pela pensadora. Nesta mesma linha, se coloca a pergunta por um ensino de filosofia que se ocupe, em questões de gênero, de investigar as condições nas quais os gêneros são distribuídos em sociedade. Acredita-se que assim se possa formar alunos não apenas capazes de pensar, mas também e sobretudo de decidir sobre os seus próprios destinos.
Downloads
Referências
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
______. “O que é a crítica? Um ensaio sobre a cirtude de Foucault”. Tradução de Gustavo Hessmann Dalaqua. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(22), 159-179, 2013. Recuperado de http://www.revistas.usp.br/cefp/article/view/59447
FOUCAULT, Michel. Nietzsche, a genealogia e a história. In.: ______. Microfísica do poder. Tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979, p. 15-37.
______. “O que são as Luzes?”, In.: ______. Estética: literatura e pintua, música e cinema. Tradução Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
______. “O que é a crítica? Crítica e Aufklärung. Tradução Gabriela Lafetá Borges. Bulletin de la Societé française de phiposophie. Vol. 82, p. 35-63, Abr/Jun, 1990.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. Tradução Paulo Quintela, Lisboa: 70, 2005a.
______. “Resposta à pergunta: que é o Esclarecimento”. ______. Textos seletos. Tradução Raimundo Vier, Petrópolis-RJ: Vozes, 2005b.
______. Crítica da razão prática. Tradução Valerio Rohden, São Paulo: Martins Fontes, 2016.
______. Crítica da razão pura. Tradução Fernando Costa Mattos, São Paulo: Vozes, 2012.
______. Manual dos cursos de lógica geral. 2. ed. Tradução Fausto Castilho, Campinas-SP: Unicamp, 2002.
______. Pedagogía. Tradução Mariano Fernández Enguita. Madrid: Akal, 2003.
______. Idéia de História Universal de um ponto de vista cosmopolita. Tradução Rodrigo Naves, Ricardo R. Terra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
______. “Ensinar a pensar”. Tradução Desidério Murcho. Disponível em https://filoparanavai.blogspot.com/2010/04/textos-classicos-ensinar-pensar-por.html, consultado em 04/07/2020.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).