DA DIALÉTICA DAS IDEIAS À ESTÉTICA DAS INTENSIDADES EM DELEUZE
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v14i1.65516Palavras-chave:
Deleuze, Ideia, Dialética, EstéticaResumo
O objetivo deste artigo é investigar em que medida Deleuze privilegia um pensamento engendrado em relação direta com as sensações e, ao mesmo tempo, ocorrido não mais a partir da reprodução das estruturas empíricas no transcendental. A questão central é mostrar como o pensamento é criado, dentro e fora da filosofia, sem recorrer a pressupostos objetivos ou subjetivos. Nesse sentido, a dialética é compreendida como uma teoria da ideia, que não pode ser dissociada de uma estética, enquanto uma teoria da sensação. Discutiremos a perspectiva a qual confere à Ideia uma realidade corpórea e como o pensamento é criado, em vez de ser algo natural. Essa abordagem avançará em direção à concepção de que a ideia não pertence a um sujeito enquanto unidade, mas se realiza enquanto uma matéria intensiva, que independe das coordenadas sujeito-objeto, próprias da tradição. Por fim, verificaremos o papel da arte na relação direta entre estética e dialética, seguindo a tese de que essa reunião é o que Deleuze denomina de empirismo transcendental, destacando o papel da ideia nos corpos.
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