A CRÍTICA SMITHIANA À CONCEPÇÃO INDIVIDUALISTA DE BERNARD MANDEVILLE
DOI:
https://doi.org/10.7443/21662Keywords:
Individualismo, Mandeville, Smith.Abstract
Acerca da filosofia moral de Bernard Mandeville (1670 – 1733), Adam Smith (1723 – 1790) se apresenta como um crítico severo do individualismo proposto pelo filósofo holandês. Em sua Teoria dos Sentimentos Morais (1759), Smith trata a concepção individualista de Mandeville como um sistema licencioso ou uma falácia que reduz toda paixão ao vício e toda a virtude a renúncia individual. No entanto, se por um lado, a crítica de Smith sobre o individualismo de Mandeville centra-se na redução simplificada das paixões aos vícios e das virtudes as renúncias individuais, por outro lado, tal crítica não poderia ignorar a influência da concepção de Mandeville para a geração de pensadores do início do século XVIII. Assim, Smith reconhece que a filosofia de Mandeville jamais poderia ter ocasionado alarme tão grande se não tivesse em muitos aspectos, dito a verdade. Mas, afinal, que verdade é esta? Para responder a este questionamento, o presente trabalho de caráter introdutório tem por objetivo discutir acerca da crítica smithiana ao individualismo de Mandeville, na tentativa de resgatar os elementos essenciais para a compreensão da concepção destes pensadores e sua contribuição para a filosofia moderna.
[doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v6i2.21662]
Downloads
References
FERRARO, Alceu Ravanello. Liberalismos e educação ou por que o Brasil não podia ir além de Mandeville. In: Revista brasileira de educação. V. 14, n. 41, p. 308-325, 2009.
HUNDERT, E. J. The enlightenment’s fable: Bernard Mandeville and the discovery of society. Cambridge: Cambridge University, 2005.
LINS, Ana Maria Moura. Educação moderna: contradições entre o projeto civilizatório burguês e as lições do capital. Campinas: Autores Associados, 2003.
LOMBARDI, Jose Claudinei; SAN FELICE, Jose Luís. Liberalismo e educação em debate. Campinas: Autores Associados, 2007.
MANDEVILLE, Bernard. The fable of bees or private vices, publick benefits. Indianapolis: Liberty Fund, 2 v., 1988
MARTINS, José de Souza. A questão agrária brasileira e o papel do MST. In: STÉDILE, João Pedro (Org.). A reforma agrária e a luta do MST. Petrópolis: Vozes, 1997.
______. O cativeiro da terra. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
MÉSZÁROS, István. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2002.
MONTES, Leonidas; SCHLIESSE, Eric. New voices on Adam Smith. Nova York: Routledge, 2006.
NORTON, David. Democracy and moral development: a politics of virtue.Los Angeles: University of California Press, 1995.
NOVAIS, Jorge Reis. Contributo para uma teoria do estado de direito. Coimbra: Coimbra, 1987.
ROSSI, Amélia do Carmo Sampaio. Cooperativismo: à luz dos princípios constitucionais. Curitiba: Juruá, 2005.
SAVIANI, Dermeval. Historia pedagógica no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007.
SMITH, Adam. A riqueza das nações (Coleção os Economistas). São Paulo: Nova Cultural, 2 v., 1996.
______. Teoria dos sentimentos morais. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
ZSCHIRNT, Christiane. Livros tudo o que você não pode deixar de ler. São Paulo: Globo, 2006.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
- Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
- Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
-
- Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).