MemORÍ(Y), the arrow that breakes time:

COUNTER-COLONIAL REFLECTIONS FROM AN AFRICAN PHILOSOPHY AND THE RECOVERY OF MEMORIES USURPED BY COLONIALISM

Authors

  • Francisco Phelipe Cunha Paz Instituto do Patrimônio Historico e Artístico Nacional - IPHAN

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v10i2.49127

Keywords:

African Philosophy, Past, Memory, Identity, MemORÍa

Abstract

This essay has as its starting point, the refusal to understand that the studies of African Philosophy are limited to the exercise of justification of what is “African Philosophy”, or the relevance of its studies, and the alignment with the understanding that African Philosophy (s). (s) are a knowledge already established and that allows the construction of new concepts and the questioning of them both for philosophy, for history and studies of memory. In the context of black African experiences in the diaspora, in Brazil specifically, memory was and can continue to be a powerful instrument for maintaining the colonialist-racist imagination. Given this we will make some considerations about the concept of Memory as the deepest link with ancestry, as a possibility of reconstruction of the black being in the diasporic, to transform and leave in agency of their being and being in the world, their memories, their senses, uses and meanings. Memory as the possibility of restoring the memory, memory and history of the African being and his black descendants in the diaspora, to blacks themselves, recovering memories and identities usurped by colonialism.

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Author Biography

Francisco Phelipe Cunha Paz, Instituto do Patrimônio Historico e Artístico Nacional - IPHAN

Graduado em História, Mestre em Preservação do Patrimônio Cultural. Chefe da Divisão Tecnica da Superintendência do Iphan no Amapá. Pesquisador da cultura popular afrobrasileira, oficios tradicionais, cidadania, o negro e a primeira república

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Published

2019-11-21