ANÁLISE DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA NO ESTADO DO PIAUÍ (2008-2018)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6032.2022v26n2.59499Palavras-chave:
Epidemiologia, Sífilis Congênita, Notificação compulsóriaResumo
Objetivo: Analisar as notificações de sífilis gestacional e congênita no Piauí durante os anos de 2008 a 2018, de acordo com a estratégia de Eliminação mundial da sífilis congênita criada pela Organização Mundial da Saúde em 2008. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico analítico retrospectivo, realizado por meio da análise de dados referente aos casos de Sífilis em gestantes e Sífilis Congênita no estado do Piauí, fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) por meio da plataforma virtual DATASUS. Resultados: Destaca-se o ano 2018 com o maior quantitativo de notificações, 746 casos de sífilis em gestantes e 497 casos congênitos, sendo que 3,14% e 4,42% dos casos resultou em aborto e natimorto por sífilis, respectivamente. A notificação em gestantes ocorreu em maior parte nos grupos de faixa etária entre 20-29 anos (50,72%), com escolaridade de 5ª a 8ª série incompletos (25,49%). A prevalência da raça/cor das gestantes com sífilis foi significativa em pessoas pardas, representado por 71,53% dos casos notificados. A realização de pré-natal por gestantes foi realizada com predominância (84,91%), porém, de acordo com o tratamento das gestantes com sífilis, este foi classificado em inadequado na maioria dos casos, 72,28%. Conclusão: Notou-se que ainda existem falhas na implementação de programas de controle e prevenção da sífilis no estado, principalmente relacionado a meta de erradicação da transmissão congênita no Brasil, sendo fundamental a implementação de estratégias para a diminuição, principalmente nos grupos socialmente vulneráveis, estes que são mais afetados pela infecção por sífilis.