ID 48363 - PERCEPÇÃO DE AGRADO DE SONS E EXPOSIÇÃO AUTOIMPOSTA A NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA

Resumo

RESUMO Objetivo: Investigar a relação entre a percepção de agrado dos sons e a intensidade sonora autoimposta. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, observacional e transversal. Tomaram parte do estudo 100 participantes, de ambos os sexos, com média de idade de 22,3 anos (DP = 2,78). A coleta de dados foi dividida em três momentos: (1) preenchimento de um questionário com dados sociodemográficos e informações sobre hábitos auditivos; (2) escuta de 15 trechos de músicas, representantes de variados estilos musicais e atribuição de notas a cada uma delas de acordo com a percepção pessoal de agrado; (3) nova escuta dos mesmos sons representativos dos estilos musicais com escolha livre da intensidade sonora considerada desejável para cada som e registro desta intensidade em formulário apropriado. Resultados: Dentre os entrevistados, é frequente o hábito de ouvir música cinco ou mais dias por semana e a grande maioria afirmou usar fones de ouvido. Os estéreos pessoais são os principais tocadores para a maior parte da amostra. A associação entre o grau de agrado de um som e a intensidade sonora escolhida pelo sujeito para a escuta deste som, testada através do coeficiente de correlação de Pearson, resultou em coeficientes de correlação predominantemente fortes para todas as condições testadas. Conclusão: A escuta de sons agradáveis mostrou-se fortemente associada aos danos à saúde auditiva, requerendo atenção dos fonoaudiólogos, no sentido de promover maior sensibilização a respeito dos riscos para a saúde decorrentes da exposição a níveis de pressão sonora elevados. DESCRITORES: Som. Audição; Ruído. Estimulação Acústica. Percepção Auditiva