PERFUSÃO TECIDUAL E CAPACIDADE FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
UM ESTUDO TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6032.2022v26n2.60821Palavras-chave:
Doença Arterial Periférica, Espectroscopia de Luz Próxima ao Infravermelho, Perfusão, ISWTResumo
Objetivo: Comparar a perfusão tecidual de repouso e capacidade funcional entre indivíduos com Doença Arterial Periférica (DAP) e saudáveis; avaliar a associação entre perfusão tecidual de repouso, após manobra isquêmica, e capacidade funcional na amostra estudada. Metodologia: Estudo observacional exploratório transversal composto por dois grupos, indivíduos com diagnóstico de DAP e indivíduos saudáveis. Foram avaliados índice de massa corporal (IMC) e índice tornozelo-braço de repouso (ITB). A espectroscopia de luz próxima ao infravermelho associada à manobra de oclusão arterial foi utilizada para medir as variáveis de perfusão tecidual: saturação periférica de oxigênio (StO2) basal, o valor da diferença da StO2 entre o início e final da manobra, e o valor da menor StO2 durante a manobra. O Incremental Shuttle Walk Test foi aplicado para medir a capacidade funcional por meio da distância percorrida no teste. Resultados: 40 participantes com DAP com 64,28±10,50 anos, 28 homens e 12 mulheres, IMC de 27,2±4,6 kg/m², ITB direito 0,62±0,17, ITB esquerdo 0,61±0,17, 15 apresentavam diabetes mellitus (37,5%); 40 participantes saudáveis com 64,23±10,38 anos, 28 homens e 12 mulheres, IMC de 26,9±3,4 kg/m². A comparação entre os grupos, para as variáveis de perfusão tecidual e capacidade funcional, foram significativamente diferentes; e a análise da correlação entre perfusão tecidual e capacidade funcional apresentou-se como significativa apenas para o grupo de indivíduos saudáveis. Conclusão: A pior perfusão tecidual em indivíduos com DAP não se associa com a capacidade funcional, portanto, é possível inferir que outros parâmetros periféricos adaptativos se associam com a capacidade funcional nesses indivíduos.
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