RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DE VIDA E SOBRECARGA DO CUIDADOR COM O NÍVEL DE COMPROMETIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6032.2022v26n2.61517Palavras-chave:
Cuidadores, Paralisia Cerebral, Qualidade de vidaResumo
Introdução: A paralisia cerebral (PC) pode influenciar na interação da criança com o meio e interferir nas suas atividades de vida diária. Em função de melhorar a condição da criança com PC, o cuidador principal pode deixar de lado o seu próprio bem-estar, desencadeando alterações na sua qualidade de vida, repercutindo também na sua sobrecarga. Objetivo: Avaliar a relação entre o nível de comprometimento motor de crianças com PC e a qualidade de vida e sobrecarga dos cuidadores. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal com coleta de dados de prontuários e entrevista por questionários (SF-36, Escala de Zarit) de cuidadores de crianças com PC, com idade de 6 a 11 anos, atendidas em clínicas de fisioterapia públicas e privadas de Belo Horizonte/região metropolitana, que foram divididos de acordo com o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) nos grupos A (GMFCS I, II e III) e B (GMFCS IV e V). Resultados: Participaram do estudo 41 cuidadores, com idade mediana de 39 anos. Não houve diferença significativa dos escores na Escala de Zarit e nos domínios do questionário SF-36 entre os grupos. No entanto, ambos apresentaram menores escores nos domínios do SF-36 e sobrecarga moderada. Além disso, foi encontrada correlação negativa significativa entre o nível de sobrecarga e a qualidade de vida dos cuidadores. Conclusão: Os cuidadores de crianças com PC apresentaram sobrecarga moderada e alteração da qualidade de vida, independente do nível de comprometimento motor da criança. No entanto, não foi observada correlação entre o comprometimento motor da criança e os desfechos avaliados.