A Espiritualidade para além ao Mito a da Religião Institucionalizada
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2018v15n1.41233Resumo
Podemos dizer que, de certa maneira, todo ser humano busca uma forma de transcendência. Em determinados momentos a realidade “nua e crua” da imanência pode nos parece demasiadamente dura ou muito limitada. Porém, como somos dotados do recurso natural da imaginação, buscamos transcender os limites do nosso “mundo” empírico exercitando a nossa liberdade de transcender. Sendo assim, na busca de transcendência buscamos também superar o caráter infindável de luta do espírito em constante incompletude, tendo de enfrentar permanentemente as incertezas da contingência. E para superar essa fragilidade ou angústia da existência o ser humano busca a totalidade. É neste contexto que são criados os dogmas, os mitos e as instituições religiosas, tendo em vista a definição de um “lugar” onde o espírito possa repousar. Contudo, estas formas de totalidade não estariam justamente oferecendo um outro limite para a transcendência? Se a transcendência significa uma das formas de manifestação da liberdade humana, a institucionalização da mesma não significaria uma forma de limitá-la? Estas provocações sinalizam o propósito do nosso trabalho: refletir sobre o mito e a religião nos limites da natureza humana, tendo como desafio a possibilidade de transcendência pela espiritualidade. Neste sentido, apontamos uma hipótese: sempre que o ser humano buscar descrever e definir o mistério, objetivando-o como sagrado, estará produzindo um mito que limita a espiritualidade. Por outro lado, negar a objetivação ou institucionalização da divindade não significa negar a existência do divino. E esta abertura ao mistério, sem as amarras dogmáticas e doutrinárias, consiste na característica de uma nova espiritualidade que pode ser compreendida dentro do campo da mística. Neste campo, o grande desafio consiste na aceitação do “mistério” sem, no entanto, a necessidade de aprisioná-lo ou caracterizá-lo.Downloads
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