Capitão América e a doutrina Bush: uma análise sobre a indústria cultural como instrumento de política externa dos Estados Unidos

Authors

  • Rúbia Marcussi Pontes Faculdades de Campinas (FACAMP)

Abstract

O personagem Capitão América foi um instrumento de política externa dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, sendo a representação de um sistema de crenças e da imagem nacional norte-americana. Com o fim da Guerra Fria, seu papel foi deixado em segundo plano; entretanto, o relançamento do personagem com a “guerra ao terror” e a Doutrina Bush fizeram com que houvesse a confluência de defesa dos interesses e valores dos Estados Unidos através da utilização de um instrumento cultural, restaurando a imagem nacional abalada após os atentados de 11 de Setembro. Os Estados Unidos buscam a manutenção de sua hegemonia através de quadrinhos e filmes utilizando o Capitão América; a eficácia do método, contudo, tem sido objeto de contestação no panorama internacional.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Rúbia Marcussi Pontes, Faculdades de Campinas (FACAMP)

Relações Internacionais e estudos de caso.

References

BOULDING, Kenneth. (1959), "National Images and International Systems". Revista The Journal of Conflict Resolution, vol. 3, No. 2, pp. 120-131.

CARLSNAES, Walter. (2008), “Actors, structures and foreign policy analysis”. In Foreign Policy: theories, actors, cases, editado por SMITH, HADFIELD e DUNNE, Oxford, Oxford University Press, pp. 85-100.

CHOMSKY, Noam. (2002), O lucro ou as pessoas? Brasil, Bertrand Brasil.

DITTMER, Jason. (2005), “Captain America’s Empire: Reflections on Identity, Popular Culture, and Post-9/11Geopolitics”. Revista Annals of the Association of American Geographers, vol. 95, No. 3, pp. 626-643

DUMAZEDIER, Joffre. (2000), Lazer e cultura popular, São Paulo: Editora Perspectiva S.A.

HILL, Christopher. (2003), “Chapter 6 - Implementation: translating decisions and capabilities into actions”. In The changing politics of foreign policy, Hampshire/Nova York, Palgrave McMillan, pp. 127-155.

HOLSTI, Ole R. (1962), "The Belief System and National Images: a case study". Revista The Journal of Conflict Resolution, vol. 6, no. 3, pp. 244-52.

HORKHEIMER, Max. ADORNO, Theodor D. (2000), “A indústria cultural: o Iluminismo como mistificação de massas”. In Teoria da cultura de massa, editado por LIMA, São Paulo, Editora Paz e Terra S/A.

JARVIE, Ian. (1990), “The Postwar Economic Foreign Policy of the American Film Industry”. Revista Film History, vol. 4, no. 4, Indiana University Press.

KOLLMAN, Ken. (2014), The American Political System, W.W Norton Company: 2° Edition.

LARSON, Deborah Welch. (1994), “The role of Belief Systems and Schemas in Foreign Policy Decision-Making”. Revista Political Psychology - Special Issue: Political Psychology and the Work of Alexander L. George, vol. 15, no. 1, pp. 17-33.

OLIVEIRA, Jefferson L. R. de; DENIPOTI, Claudio. (2008), “Nascido em 11 de setembro: opiniões políticas de leitores do Capitão América em 2003”. Revista História, imagem e narrativas, no. 7, ano 3.

WHITE, Mark D. (2014), The Virtues of Captain America: Modern-Day Lessons on Character from a World War II Superhero, John Wiley & Sons: 1st. Edition.

Published

2014-12-15

How to Cite

Marcussi Pontes, R. (2014). Capitão América e a doutrina Bush: uma análise sobre a indústria cultural como instrumento de política externa dos Estados Unidos. Journal of Scientific Initiation on International Relations, 2(3), 87–105. Retrieved from https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ricri/article/view/20664

Issue

Section

Artigos