A mídia como ator internacional
os casos do Jogo da Paz 2004 e da Copa do Mundo 2014
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-9452.2018v5n10.38987Abstract
O presente artigo tem como objetivo analisar o papel da mídia como agente internacional e como este agente pode influenciar na construção e na desconstrução da imagem de um Estado, a partir da sua relação com o futebol e com a política externa, com base na perspectiva construtivista. Em termos metodológicos, a pesquisa se baseia na revisão de literatura de Mídia e Relações Internacionais e no estudo de casos – Jogo da Paz, em 2004, e Copa do Mundo 2014 -, com análise de conteúdo de veículos de comunicação brasileiros - Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Por fim, o estudo visa à compreensão da construção social da realidade e dos posicionamentos da mídia diante dos eventos supracitados.
Downloads
References
AGUIAR, P. 2008. Jornalismo Internacional em Redes. Rio de Janeiro: Secretaria Especial de Comunicação Social.
AGUIAR, P. 2014. “Marx Explica a Reuters: a economia política das agências de notícias”, in: SILVA JUNIOR, J. A. da; ESPIRIDIÃO, M. C.; AGUIAR, P. (Org). Agência de Notícias: perspectivas contemporâneas no Brasil. Recife: Editora Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), 2014, cap. 2.
AGUILAR, S.; COSTA, A. 2013. A utilização da Mídia no Processo de Construção da Paz no Haiti. Paper apresentando no Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação Política, 5., Curitiba: Compolítica.
ALBUQUERQUE, A. 2005. Another ‘Fourth Branch’: Press and political culture in Brazil. Journalism, London, vol. 6, n.4, p. 486-504.
AMAZARRAY, I. 2011. Futebol: o esporte como ferramenta política, seu papel diplomático e o prestígio internacional. 69f Monografia. (Graduação em Relações Internacionais). Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
ARBEX JR, J. 2001. Showrnalismo: a notícia como espetáculo. 2 ed. São Paulo: Casa Amarela.
BIAZZI, A.; FRANCESCHI NETO, V. 2007. Futebol e política externa brasileira: entre o político-identitário e o comercial. EF Deportes, Buenos Aires, v. 11, no 104, enero. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd104/futebol-e-politica-externa-brasileira.htm>. Acesso em 29 mar. 2018.
BRASIL. Ministério da Defesa. 2014. O Brasil na Minustah (Haiti), Ministério da Defesa. Disponível em: <http://www.defesa.gov.br/relacoes-internacionais/missoes-de-paz/o-brasil-na-minustah-haiti>. Acesso em: 28 mar. 2018.
BRIGGS, A; BURKE, P. 2006. Uma História Social da Mídia: de Gutenberg à internet. Rio de Janeiro: Ed. Zahar.
CAMARGO, J. 2008. Ecos do Fragor: a invasão do Iraque em 2003: a mídia internacional e a imprensa brasileira. 142f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais), Instituto de Relações Internacionais, Universidade de Brasília (UnB), Brasília.
CASTELLS, M. 2002. A Sociedade em Rede, v. 1, 8 ed. revisada e simplificada. São Paulo: Editora Paz e Terra.
CASTRO, A. S. 2013. “2014 FIFA World Cup and 2016 Olympic Games: Brazil’s strategy ‘to win hearts and minds’ through sports and football”. PD Magazine pp 28-35, 2013.
CERVO, A. L. 2000. “Sob o signo neoliberal: as relações internacionais da América Latina”. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 43, n. 2, p. 5-27.
CERVO, A. L. 2003. “Política exterior e relações internacionais no Brasil: enfoque paradigmático”. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 2, n. 46, p. 5-25.
CERVO, A. L. 2008. “Conceitos em Relações Internacionais”. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 2, n. 51, p. 8-25.
CERVO, A. L. 2012. “O Brasil na Atual Ordem Mundial”. Austral: Revista Brasileira de Estratégia e Relações Internacionais, v. 1, n. 2, p. 37-59.
EDEN, J. T. 2013. “Soccer and International Relations: can soccer improve international relations?”, Major Research Paper. Ottawa: University of Ottawa.
FOLHA. 2014. Sedes saem da Copa sem ganho esperado. Folha de S. Paulo, 30 jun. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/173650-sedes-saem-da-copa-sem-o-ganho-esperado.shtml>. Acesso em: 06 mar. 2017.
GASTALDO, É. 2009. “’O País do Futebol’ Mediatizado: mídia e Copa do Mundo no Brasil”. Sociologias, Porto Alegre, ano 11, n 22, pp. 352-369.
GILBOA, E. 2002. “Global Communication and foreign policy”. Journal of Communication, v. 52, n 4, p. 731-748, dec.
GREGOLIN, M. R. 2007. “Análise do discurso e mídia: a (re)produção de identidades”. Comunicação, Mídia e Consumo São Paulo, v. 4, n 11, pp. 11-25.
HOBSBAWM, E. 2007. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras.
MARQUES, M. “Um Retrato das Agências de Notícias Brasileiras com a Consolidação da Internet no País”, In: SILVA JUNIOR, J. A.; ESPIRIDIÃO, M. C.; AGUIAR, P. (Orgs). Agência de Notícias: perspectivas contemporâneas no Brasil. Recife: Editora Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cap. 7.
McCOMBS, M.; SHAW, D. 1972. “The Agenda-Setting Function Mass Media”. The Public Opinion Quarterly, v. 36 n. 2, pp. 176-187.
MILANI, C. et al. 2014. Atlas da Política Externa Brasileira. Buenos Aires: CLACSO; Río de Janeiro: CLACSO; Rio de Janeiro: EDUerj.
NATALI, J. B. 2015. Jornalismo Internacional. São Paulo: Ed. Contexto, 3 ed.
NOGUEIRA, S. 2012. “Reflexões sobre o Papel da Mídia na Construção do Nationess: os casos da Telesur e da Al-Jazeera”. Carta Internacional, v. 7, n. 2, pp. 117-126.
NOGUEIRA, S.; BURITY, C. 2014. “A Construção da Imagem do Brasil no Exterior e a Diplomacia Midiática no Governo Lula”. Revista de Ciências Sociais, n. 41, pp. 375-397.
NUNOMOURA, E. Haiti pára para ver Lula, Ronaldo e companhia. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 ago. 2014, Política, p. 8.
OLIVEIRA, H. M. G. 2014. “Incursões Históricas sobre as Agências de Notícias Nacionais no Cenário Brasileiro: do pioneirismo aos conglomerados de mídia”, In: SILVA JUNIOR, J. A.; ESPIRIDIÃO, M. C.; AGUIAR, P. (Orgs). Agência de Notícias: perspectivas contemporâneas no Brasil. Recife: Editora Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cap. 6.
ONUF, N. 1998. “Constructivism: a User’s Manual”. In KUBÁLKOVÁ, V.; ONUF, N.; KOWERT, P. (editors). International Relations in a Constructed World, New York and London: ME Sharpe Armonk, Chapter 3.
PATRIOTA, A. A. 2010. “Haiti: desafios e oportunidades no pós-terremoto”. In: Boletim de Economia e Política Internacional, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no 2, pp. 69-75.
PUTNAM, R. 2010. “Diplomacia e Política Doméstica: a lógica dos jogos de dois níveis”. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 18, n. 36, pp. 147-174.
RESENDE, C. A. R. 2010. “O Esporte na Política Externa do Governo Lula: o importante é competir?”, Meridiano 47, v. 11, n. 122, pp. 35-41.
RISSE-KAPPEN, T. 1995. “Bringing Transnational Relations Back”. In: non-states actors, domestic structures and international institutions. Cambrigde: Cambrigde University Press, pp. 3-28.
SEITENFUS, R. 2008. “De Suez ao Haiti: a participação brasileira nas Operações de Paz”. In: O Brasil e a ONU, Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, pp. 39-58.
SODRÉ, N. W. 1983. História da imprensa no Brasil, 3 ed. São Paulo: Martins Fontes.
SOROKA, S. 2003. Media, Public Opinion and Foreign Policy. Press/Politics, v. 8, n. 1, pp. 27-48.
UNESCO. 1980. Many Voices, One World: towards a new more just and more eficiente world information and communication order. Kogan Page, London/Unipub, New York/Unesco, Paris.
VASCONCELLOS, D. W. 2011. Esporte, Poder e Relações Internacionais. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão (Funag). 3 ed.
WERTHEIN, J. 2000. “A sociedade da informação e seus desafios”, Revista Ciência da Informação, v. 29, n. 2, pp.71-77.
Additional Files
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
a. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows for sharing of work with acknowledgment of its initial publication in this journal.
b. Authors are able to take on additional contracts separately for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., post it to an institutional repository or as a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
c. Authors are permitted and encouraged to post their work online ( eg, in institutional repositories or on their website) at any point before or during the submission process, as it can lead to productive exchanges , as well as increase the impact and citation of published work ( See the Effect of Open Access).