Os meios de comunicação, a política externa brasileira e a opinião pública
O tratamento editorial da "crise" venezuelana nos editoriais da Folha de S. Paulo e do Estado de S. Paulo
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-9452.2020v7n15.55632Resumo
Baum e Potter (2018) enquadram a mídia como ator estratégico independente e possuidor de diferentes incentivos e preferências. Dada a posição dos grupos midiáticos como mediadores da informação em meio a dois outros importantes atores na condução da política externa – tomadores de decisão e opinião pública – objetiva-se aqui analisar dois corpus: o primeiro composto de editoriais da Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo; e um outro contendo os discursos divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores, a fim de compreender as interações dessa triangulação de atores no caso da crise venezuelana, especificamente entre março e setembro de 2017, período que corresponde a convocação da Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela. Os principais resultados apontam para a existência de alinhamento nas considerações entre os tomadores de decisão, os grupos midiáticos avaliados e a opinião pública brasileira sobre a crise venezuelana, embora os incentivos e interesses que os mobilizam sejam diferentes. Os métodos utilizados são a análise semântica dos editoriais; análise de conteúdo quanto aos discursos divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores; quanto aos dados de opinião pública, foi utilizada a análise estatística.
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