Das primeiras experimentações do cinema de atrações ao cinema clássico norte-americano: intertextualidades entre literatura e cinema
Resumo
A pesquisadora Flávia Cesarino Costa afirma que o surgimento do cinema no final do século XIX marcou o início de uma era da predominância da imagem. Partindo dessa premissa, o presente estudo pretende discutir, por meio da análise fílmica comparada, as versões de 1907 e 1925 do filme Ben Hur, adaptação da obra literária de Lewis Wallace (1880), assim como, seus respectivos diretores, Sidney Olcott e Fred Niblo, realizaram suas produções. Para tanto, pretende-se analisar o porquê de muitos teóricos denominarem os filmes produzidos nos primeiros anos do cinema como “teatro filmado”, em razão do sistema de representação desse período, o qual deriva especialmente das formas populares de cultura da Idade Média e não tanto das formas artísticas mais eruditas como teatro, ópera ou literatura dos séculos XVIII e XIX. Dessa forma, faz-se uma reflexão sobre o cinema clássico, o qual se formou no período entre 1908 e 1919, estabilizou-se nos anos 20 e manteve-se como estilo de narração privilegiada pela indústria cinematográfica até o final dos anos 50. Este trabalho busca ainda, desenvolver uma análise a respeito do processo criativo de montagem das duas primeiras versões fílmicas da obra, refletindo sobre as limitações do cinema do início do Século XX em contraponto ao cinema contemporâneo, ressaltando a importância desses primeiros experimentos para as tecnologias da atualidade. Para esse estudo foram utilizados os conceitos teóricos de Arlindo Machado e Ismail Xavier, além das contribuições da pesquisadora Flávia Cesarino Costa.Palavras-chave: Cinema – História. Cinema estadunidense. Ben Hur – Filme. Cinema mudo.
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