A juventude como valor na modernidade líquida
Resumo
Desde meados do século XX, o mundo vem atravessando uma profunda transformação cultural. No intuito de captar a natureza da presente fase, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman recorreu à metáfora da “liquidez”. O mundo sólido precedente (moderno) estaria se derretendo, dando origem a uma segunda modernidade, fluida e difusa, de contornos mutantes e imprevisíveis. Nesse novo cenário, a juventude vem sendo tratada como um conceito publicitário, estrategicamente aplicado para criar, consolidar ou modificar o posicionamento de marcas, produtos e instituições. Signos a ela atribuídos constituem uma estética cujo espectro engloba artefatos e costumes relacionados ao corpo, à indumentária e ao comportamento. Nas sociedades de consumo a reificação desse ideal estético tornou-se um paradigma para tudo o que é desejável, atuando no mercado como um veículo de distinção e de legitimidade.
Palavras-chave: Juventude. Modernidade líquida. Bauman. Crise. Cultura.