Viver é sofrer: uma leitura existencialista de Cárcere das Almas, de Cruz e Sousa
Resumo
Este ensaio estuda o poema Cárcere das Almas, de Cruz e Sousa, pelo viés da filosofia de Schopenhauer. Faz-se uma abordagem temática acerca da crise existencial do ser, tangente à estrutura lírica da obra, a partir do conceito de “Vontade” enquanto anseio do querer-viver. Segundo o filósofo, essa Vontade é um mal inerente à existência do homem gerando assim a dor existencial que pode ser amenizada pela apreciação da arte. Com isso, a obra simbolista cruz-sousiana abre veredas profundas do ser, fendas existenciais até então insondáveis, abismos estes possíveis de serem explorados à luz da perspectiva existencial. Pretende-se ainda ressaltar os reflexos dos conflitos existencialistas na sociedade pós-moderna no intuito de verificar os dilemas por que passa a humanidade.
Palavras-chave: Simbolismo. Existencialismo. Schopenhauer. Cruz e Sousa. Pós- modernidade.