A relação afetiva do idoso com o rádio: histórias e lembranças

Autores

  • Júnia Martins
  • Júnior Pinheiro

Resumo

O rádio, meio de comunicação mais popular e com reconhecida importância histórica, participa da formação cultural de indivíduos há décadas. O processo de informação e formação por ele propiciado, seja por meio de programas jornalísticos e musicais, bem como atrações de humor e opinião político-econômica, acredita-se, colaborou para a constituição da memória social coletiva de gerações. Provido da oralidade e efeitos sonoros, o conteúdo radiofônico tem alimentado diálogos e relatos em grupos de ouvintes, especialmente no segmento de idosos que, por muitos anos, tiveram o rádio como seu único veículo de comunicação. Dele, os idosos guardam desde chavões, canções marcantes, até lembranças de eventos ocorridos mesmo em localidades distantes. Neste artigo, a análise da construção da relação afetiva do idoso com o rádio teve como instrumento metodológico, entrevistas com três idosos da região grapiúna, sul da Bahia. A pesquisa bibliográfica contou, especialmente, com estudos feitos por Ecléa Bosi e Paul Thompson. Procurou-se delinear as recordações de indivíduos da melhor idade relacionadas ao "ouvir rádio", na assertiva de que a voz do rádio e a dos idosos são enriquecedoras da memória social, contribuintes para alimentar o imaginário coletivo baseado na oralidade.

Palavras-chave: Rádio. Idoso. Lembranças.

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Biografia do Autor

Júnia Martins

Mestranda em Comunicação (UFPB); Especialista em Leitura (UESB); Graduada em Rádio-TV (UESC). Associada à Intercom, à Rede Folkcom e à Amarc. Membro do Grupecj (UFPB) e do Grupo Comuni (Umesp).

Júnior Pinheiro

Especialista em Leitura (UESB); Graduado em Jornalismo (UESB). Coordenador de Programação da TV UFPB. Associado à Intercom e à Rede Folkcom. Membro do Grupo Comuni (Umesp).

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Publicado

2015-04-09

Edição

Seção

Artigos