Adaptações de uma tragédia anunciada
Resumo
Em 1968, Franco Zefirellilevou aos cinemas uma adaptação datragédia Romeu e Julieta, escrita por Shakespeare no século XVI, e se propôs a reproduzir o ambiente em que originalmente a história teria se passado.Em 1996, Baz Luhrmanncriou uma versão recontextualizada do amor e morte dos apaixonados de Verona, que dessa vez acontece em uma cidade fictícia.Entendendo o produto adaptado comosigno, na perspectiva de Charles Sanders Peirce,consideramos a adaptação moderna de Luhrmanncomo interpretante (signo de um signo) do produto adaptado. Com base na semiótica peirciana, mostramos que o filme de 1996 é resultado da semiose não só do texto de Shakespeare, mas também da versão cinematográfica de FrancoZefirelli. Para isso, será analisada a ressignificação de quatro signos que compõem Romeu e Julieta: ódio e violência;amor e sacrifício.
Palavras-chave: Adaptação. Cinema. Literatura. Semiótica. Romeu e Julieta.