Quando as contradições são conciliadas e a história “oficial” vai além do controle de estado

Autores

  • Vitória Azevedo da Fonseca PPGC/UFPB

Resumo

Este artigo apresenta as contradições conciliadas dos discursos comemorativos presentes no filme Independência ou Morte (Carlos Coimbra, 1972) e propõe a sua análise a partir das suas condições de produção, no contexto do cinema brasileiro e as relações estabelecidas com a historiografia sobre o tema, sem reduzi-lo a um “produto oficial” como tem sido analisado por vários autores. Um filme é produto de sua época. O apoio estatal deste deve ser inserido no contexto do Cinema brasileiro que vivia um momento de tentativa de consolidação de uma indústria cinematográfica. Sua narrativa “clássica tradicional” não é resultado do controle estatal, mas da própria historicidade do cinema brasileiro e da linguagem cinematográfica. E sua abordagem histórica traz, como outros produtos comemorativos, contradições das disputas em torno da memória da independência e não apenas uma visão unilateral, de exaltação do “herói emancipador”, desejado pela oficialidade das Comemorações.

Palavras-chave: Cinema. Sesquicentenário da Independência. Comemorações.

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Publicado

2016-03-20

Edição

Seção

Artigos