A desumanização do ser humano como processo de construção de sentido no Anti-herói Justiceiro
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2017v13n3.33390Resumo
O presente artigo analisa o processo de construção do Anti- herói Justiceiro a partir do processo de desumanização de seu alter ego Frank Castle, presente na história The Punisher: Born, do escritor Garth Ennis. A partir da construção de diálogo entre as obras que tratam de personagens de Guerra de autores como Stanley Kubrick e Garth Ennis, iremos avaliar a digressão de Frank Castle durante a guerra do Vietnã. A trilha de morte e destruição o transformou num ser que não deseja o final da guerra, mas a manutenção da sua condição de soldado. A questão norteadora deste artigo é analisar um personagem que em princípio é um coadjuvante do universo do Homem Aranha, mas devido a sua popularidade midiática contemporânea cria um próprio universo em torno de si e tem a sua concepção reconfigurada a partir do lugar comum da popularização dos heróis dos Comics que é a guerra. Se nos primórdios dos comics os seus autores relacionaram o super herói ao estereótipo vencedor da guerra, com personagens como Capitão América, Garth Ennis retrata o herói oriundo de uma guerra perdida. O presente estudo contempla a construção de sentido na obra The Punisher: Born, relaciona a obra com a narrativa audiovisual Nascido para Matar de Stanley Kubrick e personagens midiáticos que contribuíram na construção do imaginário coletivo do veterano de guerra do Vietnã e que embasam a fábula do Justiceiro.
Palavras-chave: Desumanização. Construção de sentido. Anti-herói. Justiceiro.