O Doutor Fausto de Thomas Mann pelo espírito da música: um recorte mediante a filosofia de Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2017v13n5.34317Resumo
O estudo aqui apresentado pretende relacionar a obra “Doutor Fausto”, de Thomas Mann, com as ideias filosóficas de Artur Schopenhauer e de Friedrich Wilhelm Nietzsche, demonstrando como a vida do compositor Adrian Leverkhün coaduna com a emancipação do bem e do mal nietzschiana, a partir da metafísica schopenhaueriana, que vê na música (fisicamente) a essência para todas as coisas. Ao compactuar com o demônio, Leverkhün libera sua genialidade e faz-se senhor de seu destino, passando a criar seus próprios valores, assim sofrendo o castigo trágico sobre sua hamartia. Nesse sentido, a relação aqui proposta é capaz de auxiliar no entendimento acerca da arte como princípio motor independente de moralidade ou preconceitos e mesmo de conceitos pré-estabelecidos, tidos como imutáveis, levando-nos a entender o grande teor essencial e primevo das artes: A plena liberdade do espírito, em ato puro.
Palavras-chave: Thomas Mann. Nietzsche. Schopenhauer. Fausto. Literatura alemã.