Corpos abjetos: a heterossexualidade compulsória e os discursos de ódio nas redes sociais
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2018v14n6.40569Resumo
O intuito desta pesquisa é problematizar em que medida uma heterossexualidade compulsória, abordada por Adrienne Rich (2010), agencia discursos de ódio, e como isso encontra lugar nas redes sociais. Nutrindo-se da discussão de Michel Foucault em História da Sexualidade I e A ordem do discurso, o trabalho aborda as concepções de sexo e sexualidade, bem como os discursos que permeiam estas temáticas e que impõem a heterossexualidade como algo obrigatório. Por conseguinte, discute-se como à luz da militância dos corpos queer em sua crítica à normatividade hegemônica, problematizando as redes sociais (em especial as páginas do Facebook Orgulho de ser hétero e Sujeito homem) como lugares privilegiados onde se propaga a opressão desses corpos através de discursos de ódio que evidenciam a forte cobrança para que eles, que transgridem, se enquadrem na normatividade, padrão imposto nesta sociedade sexista e patriarcal.
Palavras-chave: Corpos queer. Heterossexualidade Compulsória. Redes sociais.