Vozes sem rostos: a rotina de opressão do sistema prisional brasileiro. Uma análise do documentário Sem pena
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2018v14n6.40573Resumo
O artigo faz uma análise do documentário Sem pena (2014), de Eugenio Puppo, articulando uma relação da linguagem peculiar do filme, que dispensa as “cabeças falantes” (talking heads), para apostar num universo imagético com relatos que não interagem com qualquer outra voz ou narração over, expondo a falência do sistema jurídico-penitenciário brasileiro. Recorrendo, ainda, ao conceito de sociedade disciplinar de Foucault (1999), há uma proposta de se discutir a prisão como Aparelho Repressivo do Estado, um dispositivo de vigilância da sociedade moderna que age diretamente no adestramento dos corpos aos princípios das instituições e do poder dominante.
Palavras-chaves: Documentário. Eugênio Puppo. Sem Pena. Sociedade disciplinar.