Infância, história e testemunho: “O diário de Anne Frank” e uma cultura da memória da Shoah
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2021v17n04.58964Palavras-chave:
Escrita da história, Historiografia, Infância, Testemunho.Resumo
A partir da leitura do Diário de Anne Frank (1947) problematiza-se como o testemunho de uma adolescente foi articulado em uma cultura da memória sobre a Shoah. Sendo uma fonte relevante para a história dos direitos humanos no século XX, procuramos pensar o testemunho e a escrita de si como indícios que permitem analisar a política da memória e os efeitos históricos do totalitarismo sobre a infância e a subjetividade. Fomentando o diálogo da Historiografia com a Crítica Literária, o texto mobiliza reflexões de autores como Paul Ricoeur, Márcio Seligmann-Silva, Jorge Larrosa e Ângela de Castro Gomes para historicizar o testemunho e a rede na qual ele foi urdido como um monumento que dá a ler e faz pensar acerca das dinâmicas que marcaram a Segunda Guerra Mundial.