Racismo e sexismo na revista O Cruzeiro (1951)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8931.2022v18n3.62458Palavras-chave:
Revista O Cruzeiro. Raça. Mulher Negra.Resumo
Considerada um dos mais importantes periódicos da imprensa brasileira, a revista O Cruzeiro esteve envolvida, durante os anos de 1950, com a difusão de um modelo idealizado de mulher para o país: bela, recatada, boa mãe e boa esposa. Visto que a escolha de uma dada mulher como parâmetro de feminilidade implica a negação de outras, este artigo propõe algumas reflexões sobre a representação da mulher negra na revista O Cruzeiro. Com base na intersecção entre gênero e raça, a pesquisa evidencia que o periódico normatiza a mulher branca como emblema de feminilidade e confere estabilidade a sua normatização ao vincular a imagem da mulher negra ao alcoolismo e a incivilidade.