Mudança de Práticas: O Fazer Obstétrico na Grande Vitória/ES

Autores

  • Ana Carolina Júlio Universidade Federal do Espírito Santo, UFES

DOI:

https://doi.org/10.21714/2238-104X2017v7i2-34585

Palavras-chave:

Estudos Baseados em Prática (EBP), Theodore Schatzki, Práticas Obstétricas, Corpo.

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar como a organização do fazer obstétrico motiva uma comunidade de práticas a optar pelo parto humanizado, contribuindo para a mudança dessa prática. A pesquisa foi conduzida por meio da observação, empregando a epistemologia da prática segundo Theodore Schatzki e a análise temática dos dados. Os resultados apontam que diferentes entendimentos acerca do corpo levam à reprodução das práticas obstétricas ou ao esforço em prol da sua mudança. Quando o corpo da mulher é tido enquanto um objeto, a gravidez é um problema a ser resolvido. Por outro lado, quando esse passa a ser um “corpo-pessoa”, não é possível desassociá-lo da mulher. Consequentemente, a gravidez deixa de ser um problema, tornando-se um processo natural e fisiológico que deve ser respeitado, e não solucionado o mais rápido possível. Este trabalho contribui com o campo ao analisar como a mobilização das práticas se altera ao longo do tempo. Além disso, o estudo da obstetrícia revela a centralidade do corpo na performance dessa prática social. Afinal, é o corpo da mulher que entra em trabalho de parto, que dá à luz e que, infelizmente, ainda sofre violência obstétrica. Enfim, é esse o “veículo” que transporta as práticas.

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Biografia do Autor

Ana Carolina Júlio, Universidade Federal do Espírito Santo, UFES

Ana Carolina Júlio Mestre e Doutoranda em Administração, UFES

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Publicado

2017-12-20

Como Citar

Júlio, A. C. (2017). Mudança de Práticas: O Fazer Obstétrico na Grande Vitória/ES. Teoria E Prática Em Administração, 7(2), 128–155. https://doi.org/10.21714/2238-104X2017v7i2-34585

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa (Research Papers)