BEM VIVERES:
POSSÍVEIS SIGNIFICADOS, VIRTUALIDADES E LIMITES PRESENTES NA PRODUÇÃO DA EXISTÊNCIA DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS E ASSENTAMENTOS
Resumo
Neste artigo apresentamos um balanço da produção do conhecimento sobre o Bem Viver, a partir do resultado das pesquisas empíricas desenvolvidas no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação (GEPTE). Caracteriza-se como uma pesquisa de cunho qualitativo, onde buscamos identificar os sentidos possíveis ao chamado Bem Viver, a partir da percepção dos saberes da experiência gerados nas práticas da produção da existência nas diversas formas adquiridas nos espaços de vida e de trabalho de povos e comunidades tradicionais. É nosso objetivo demonstrar que a produção da existência entre tais povos mobiliza saberes e fazeres em tempos, espaços e lugares socioculturais diretamente ligados à ancestralidade e à cosmologia. Assim, mais que práticas de resistência/existência, a mobilização de saberes e práticas constitui-se em modos de vida, em formas de existir co-existindo em harmonia consigo mesmo, com os outros e com a natureza.