“Eu respeito”?

Reflexões sobre acessibilidade afetiva e comunicativa na publicidade do MMFDH

Autores

  • Isabella Szabor Machado Mustafé Universidade Federal de Goiás
  • Tamires Ferreira Coêlho Universidade Federal de Mato Grosso https://orcid.org/0000-0003-2090-1677

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2763-9398.2021v15n.60532

Palavras-chave:

Acessibilidade comunicativa, Acessibilidade afetiva, Comunicação pública, Capacitismo

Resumo

Este artigo analisa o vídeo institucional da campanha “Eu respeito!”, promovida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) em 2020. Partimos de conceitos como acessibilidade comunicativa (BONITO, 2015), acessibilidade afetiva (PESSOA, 2018; 2019) e das operações discursivas da extrema-direita (FIORIN, 2019). Observamos uma concepção limitada da promoção e conscientização dos direitos de pessoas com deficiência pelo MMFDH, bem como elementos que perpetuam o capacitismo imbricado nas estruturas sociais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Isabella Szabor Machado Mustafé, Universidade Federal de Goiás

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Goiás, Bolsista com Apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. Membro Grupo de Pesquisa em Comunicação, Política e Cidadania (CICLO). 

Tamires Ferreira Coêlho, Universidade Federal de Mato Grosso

Professora no Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (com estágio doutoral na Université Paris-Sorbonne), Mestra em Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e Graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Piauí (com sanduíche na Universidade do Minho). Líder do CICLO - Grupo de Pesquisa em Comunicação, Política e Cidadania.

Referências

BONITO, M. Processos da Comunicação Digital Deficiente e Invisível. 348 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, UNISINOS, 2015.

BRANDÃO, E. Conceito de comunicação pública. In: DUARTE, J. (org.). Comunicação Pública: estado, mercado, sociedade e interesse público. São Paulo: Atlas, 2009. p.1-33.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Estatuto da Pessoa com Deficiência. Brasília, DF, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3wJqFVY.

BRASIL. Instrução Normativa nº 1, de 27 de julho de 2017. Dispõe sobre a conceituação das ações de comunicação do Poder Executivo Federal e dá outras providências. Brasília, DF, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3cXni63.

BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Campanha “Eu respeito!” pede mais empatia em relação às pessoas com deficiência. 2020. Disponível em: https://bit.ly/2SiIHQ6.

CAMPBELL, F. Exploring internalized ableism using critical race theory. Disability & society, v. 23, n. 2, p. 151-162, 2008.

CAMPBELL, F. Inciting Legal Fictions-Disability's Date with Ontology and the Abieist Body of the Law. Griffith L. Rev., v. 10, p. 42-62, 2001.

CAMPBELL, F. Stalking ableism: Using disability to expose ‘abled’ narcissism. In: GOODLEY, D.; HUGHES, B.; DAVIS, L. (Org). Disability and social theory. London: Palgrave Macmillan, 2012. p.212-230.

DIAS, A. Por uma genealogia do capacitismo: da eugenia estatal à narrativa capacitista social. In: II Simpósio Internacional de Estudos sobre Deficiência, Anais... p.1-14, 2013.

DINIZ, D. O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense, 2007.

DINIZ, D.; BARBOSA, L.; SANTOS, W. R. Deficiência, direitos humanos e justiça. Sur-Revista Internacional de Direitos Humanos, v. 6, n. 11, p.64-77, 2009.

FIORIN, J. L. Operações enunciativas do discurso da extrema-direita. Discurso & Sociedad, n. 3, p.370-382, 2019.

FIORIN, J. L. Organização linguística do discurso: enunciação e comunicação. In: FIGARO, R.(org). Comunicação e Análise do Discurso. São Paulo: Contexto, 2015, p.45-78.

MEDEIROS, M. Publicidade inclusiva sob o olhar da ética e dos direitos humanos. In: VIDICA, A. R; JORDÃO, J. (orgs). Século XXI: a publicidade sem fronteiras? v. 4. Goiânia: UFG, 2018.

MELLO, A. G. Gênero, deficiência, cuidado e capacitismo: uma análise antropológica de experiências, observações e narrativas sobre violências contra mulheres com deficiência. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, UFSC, 2014.

MORICEAU, J-L. A comunicação organizacional e os direitos do outro homem. In: MARQUES, A. C. S.; SILVA, D. R.; LIMA, F. P. (org). Comunicação e direitos humanos. Belo Horizonte: Ppgcom, 2019. p.25-39.

PESSOA, S. Acessibilidade Afetiva? Da linguagem hospitaleira às redes de relações em organizações. In: MARQUES, A. C. S.; SILVA, D. R.; LIMA, F. P. (org). Comunicação e direitos humanos. Belo Horizonte: Ppgcom, 2019. p.209-217.

PESSOA, S. Imaginários sociodiscursivos sobre a deficiência: experiências e partilhas. Belo Horizonte: PPGCOM, 2018.

ROMAN, A. R. Atenção às Pessoas com Deficiência: uma análise das propostas dos candidatos à Presidência da República em 2018. In: MATOS, H; GIL, P. (Org). Comunicação, políticas públicas e discursos em conflito. São Paulo: ECA/USP, 2019. p.403-448.

Downloads

Publicado

2021-12-23

Como Citar

SZABOR MACHADO MUSTAFÉ, I.; FERREIRA COÊLHO, T. “Eu respeito”? Reflexões sobre acessibilidade afetiva e comunicativa na publicidade do MMFDH. Culturas Midiáticas, [S. l.], v. 15, p. 23, 2021. DOI: 10.22478/ufpb.2763-9398.2021v15n.60532. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/cm/article/view/60532. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Comunicação, acessibilidade e representação de pessoas com deficiência