"Não-determinados?" - A pulverização evangélica e o problema metodológico do censo brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2018v8n1.38721Palavras-chave:
"Não-determinados", Pulverização evangélica, IBGE, Censo brasileiro.Resumo
Não foram poucos os prognósticos teóricos acerca do fim da religião no contexto da modernidade. Todavia, o que se vê e se percebe hodiernamente é que, apesar de os comportamentos e atitudes, e mesmo as instituições sociais serem pinceladas progressivamente por normas seculares, a esfera do religioso permanece incontestável. Nesse sentido, muitoNão foram poucos os prognósticos teóricos acerca do fim da religião no contexto da modernidade. Todavia, o que se vê e se percebe hodiernamente é que, apesar de os comportamentos e atitudes, e mesmo as instituições sociais serem pinceladas progressivamente por normas seculares, a esfera do religioso permanece incontestável. Nesse sentido, muitos especialistas têm apontado para transformações das experiências religiosas na contemporaneidade, perpassadas sobretudo por características próprias de uma fase e forma do moderno — a modernidade tardia — entre as quais os processos de individualização e consequente pulverização. Inserido nesse quadro, o campo religioso brasileiro tem chamado a atenção pela oferta de várias expressões de fé evangélica, em um todo nebuloso de denominações de difícil assimilação pelas pesquisas estatísticas oficiais. O censo do IBGE, como exemplo maior desse tipo de coleta quantitativa, chama de evangélicos não determinados uma categoria analiticamente embaraçosa. Com base nisso, o presente artigo problematiza tal aglomerado, primeiro numa espécie de crítica aos dados censitários, depois, com um debate sobre as possibilidades plausíveis de religiosos abarcados nesse conjunto.s especialistas têm apontado para transformações das experiências religiosas na contemporaneidade, perpassadas sobretudo por características próprias de uma fase e forma do moderno – a modernidade tardia –, entre as quais os processos de individualização e consequente pulverização. Inserido nesse quadro, o campo religioso brasileiro tem chamado a atenção pela oferta de várias expressões de fé evangélica, em um todo nebuloso de denominações de difícil assimilação pelas pesquisas estatísticas oficiais. O censo do IBGE, como exemplo maior desse tipo de coleta quantitativa, chama de evangélicos não determinados uma categoria analiticamente embaraçosa. Com base nisso, o presente artigo problematiza tal aglomerado, primeiro numa espécie de crítica aos dados censitários, depois, com um debate sobre as possibilidades plausíveis de religiosos abarcados nesse conjunto.Downloads
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2018-06-30
Edição
Seção
Artigos: Temática Livre