Abraão como protótipo de uma nova existência em Mircea Eliade e a fé como movimento envolvendo o finito e o infinito em Kierkegaard
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2018v8n1.38802Palavras-chave:
Kierkegaard, Eliade, Abraão, fé, Jesus Cristo.Resumo
Detendo-se na disposição de Abraão em sacrificar a Deus o seu filho, Isaque, o artigo assinala que o ato de fé instaura uma nova experiência existencial na medida em que, segundo o referencial teórico de Mircea Eliade, consiste na sobreposição dos gestos arquetípicos do homo religiosus e do movimento que reatualiza a história sagrada e alcança o real e o significativo pela relação absoluta com o Absoluto. Dessa forma, o artigo mostra que, sobrepondo-se à instância do geral, a fé, conforme a leitura teológico-filosófica de Kierkegaard, consiste no paradoxo entre a paixão infinita da interioridade e a incerteza objetiva em um movimento que envolve o recurso ao infinito e implica o regresso ao finito e a sua conquista e encerra uma tensão inaplacável entre existência e transcendência que acena com a necessidade da intrusão do Eterno no temporal através da manifestação do Deus-Homem Jesus Cristo na medida em que é este acontecimento que, de acordo com a perspectiva teológico-bíblica, possibilita a realização de um novo ser e de uma nova existência.Downloads
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Publicado
2018-06-30
Edição
Seção
Artigos: Temática Livre