A MULTIPLICIDADE DE SENTIDOS NAS SALAS DE BATE-PAPO
Resumo
Os sentidos são tantos quantos forem os sujeitos. Baseado nessa afirmação, este trabalho pretende convidar os leitores a analisar os sentidos que se revelam nas relações constituídas nas/pelas formações discursivas dos sujeitos que se apresentam nos apelidos existentes nas salas de bate-papo, voltadas para a temática “sexo”. Em busca dos efeitos da produção dos sentidos, serão descritas e analisadas diversas linguagens. As salas foram escolhidas através da incidência de nicks representativos do tema em questão. Os nicks selecionados, para esta análise, utilizados por homens e mulheres estão respectiva e claramente descritos, para melhor entendimento da postura de ambas as classes, frente à relação que sugerem construir por meio dessa conexão. Não se pretende, aqui, rotular pessoas, pois o rótulo é um dos ícones da discriminação, da necessidade de propagar algo ou alguém como superior ou inferior, melhor ou pior. Busca-se ampliar a discussão sobre os sentidos evidenciados no discurso dos sujeitos que se apresentam na interação dos internautas de algumas salas de bate-papo para, e, posteriormente, talvez, poder desenvolver um trabalho interativo, envolvendo internautas, analistas de discurso, educadores, sociólogos e psicólogos, de forma a pensar alternativas de como maximizar as relações afetivas nas salas de bate-papo, preservando o respeito à individualidade de cada um, sem quebrar a espontaneidade que se apresenta neste espaço virtual.
Palavras-chave: Salas de bate-papo, Discurso Sujeitos, Nicks.
Downloads
Referências
AQUINO, M. De A. Texto sobre Análise do Discurso. João Pessoa: 2004.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2002, 240p.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Hucitec, 2010, 203p.
______. Marxismo e Filosofia da Linguagem: Problemas fundamentais do Método Sociológico na Ciência da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981, 150p.
BENVENISTE, E. Estrutura das relações de pessoa no verbo. In: Problemas de Lingüística Geral I. 3 ed. São Paulo: Pontes, 1991.
BRANDÃO, H. H. N. Introdução à análise do discurso. Campinas: UNICAMP, 1991, 95p.
BRENNAND, E. G. DE G. VASCONCELOS, G. C. Admirável mundo virtual. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2002, 106p.
CITELLI, Adilson (coord). Outras linguagens na escola: publicidade, cinema e tv, rádio, jogos, informática. São Paulo: Cortez, 2000, v.6, 253p.
DANTAS, A. de M. Os sentidos do político em discursos de campanha. Leitura – Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística LCV – CCHLA – UFAL: Análise do Discurso, n.23, p. 113-122, jan./jun. 1999.
DELORS, J et al. Educação: um tesouro a descobrir: relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Brasília: MEC: UNESCO, 1996, 41p.
FIGUEIREDO, I. De L. Fiando as tramas do texto: a produção de sentidos no atelier de leitura e produção textual. Tese de Doutorado, UNESP, Araraquara – SP, 1998.
FIORIN, José Luiz. Linguagem e ideologia. 6. ed. São Paulo: Ática, 1998.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. 6 ed. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000, 239p.
FUNAYAMA, A. M. Docentes atuando na prevenção do abuso sexual na infância. Revista Presença Pedagógica. Belo Horizonte, n.39, p. 62-71, mai/jun. 2001.
Gardner, H. (1995). Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2003, 260p.
______. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Trad. Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993, 208p.
______. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. Tradução Maria Lúcia Homem e Ronaldo Entler. Rio de Janeiro: Editora 34, 2001, 192p.
LOURO, Guacira L. (org.). O corpo educado – pedagogias da sexualidade. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, 176p.
MATURANA, Humberto, VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento. Campinas: Psy, 1987.
MERCADO, L. P. L. A internet como ambiente de pesquisa na escola. Revista Presença Pedagógica. Belo Horizonte, n.38, p. 52-55, mar./abr.2001.
ORLANDI, E. P. Análise de Discurso. Princípios e procedimentos. 4. ed. Campinas: Pontes. 2002
______. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 2 ed. Campinas: Pontes, 2000, 100p.
______. A linguagem e o seu funcionamento: as formas do discurso. 4 ed. Campinas: Pontes, 2001, 276p.
______. Discurso e leitura. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1996, 118p.
______. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Petrópolis: Vozes, 1996, 156p.
PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. 2. ed. Trad. Eni Puccinelli Orlandi. Campinas: Pontes, 1997, 68p.
SUPLICY, M. Conversando sobre sexo. 15 ed. Petrópolis: Vozes, 1987, 367p.
ZABOT, J. B. M., SILVA, L. C. M. da. Gestão do conhecimento: aprendizagem e tecnologia – construindo a inteligência coletiva. São Paulo: Atlas, 2002, 142p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Revista Educare (Online)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.