HABERMAS E A MODERNIDADE OCIDENTAL ENTRE O NEOFUNCIONALISMO SISTÊMICO DETALCOTT-PARSONS E A DEPENDÊNCIA DE TRAJETÓRIA DE JOSEPH SCHUMPETER
Resumo
No atual estágio da Modernidade, promover a inovação ou a cultura que lhe é subjacente (cultura da inovação) parece ter tornado algo natural, indistintamente: “Cultura” é uma palavra que nos remete ao passado das sociedades. As temáticas próprias à modernidade se multiplicam, tais como: Inovação, cultura, desenvolvimento, intervenção estatal, relação entre público e privado, ciência e tecnologia, diversidade cultural, democracia, liberdade, dentre outros; ao mesmo tempo essas temáticas mantém uma ligação fecunda com o novo, e, por extensão com o ato de inovar; Simultaneamente esta nova fase da modernidade: descolou a ideia de Estado do entendimento que se tinha de território, fazendo (re)surgir: novas territorialidades; a questão relativa ao problema da diversidade cultural nos territórios; e a questão relativa à aderência – ou não – da noção de cultura da inovação que se pretende promover às diferentes manifestações culturais próprias das novas territorialidades que emergem. Pretende-se com esta pesquisa: compreender o conceito de cultura da inovação, indagando acerca da importância da cultura da inovação no contexto da modernidade. Entender o problema ao sabor do contraste entre a cultura da inovação na modernidade atual e a diversidade cultural que desponta com a nova questão territorial que se coloca para o desenvolvimento do capitalismo. Propõe-se que os objetivos sejam alcançados através da investigação na obra de quatro autores a relação possível de ser estabelecida entre inovação e modernidade e o conteúdo da noção de cultura da inovação. Os autores são: Joseph Schumpeter (1883 -1950) David Harvey (1935-) Agnes Heller (1929-2019) Zygmunt Bauman (1925-2017) Assim, propomos o estudo da cultura da inovação, no primeiro capítulo, principalmente a partir da obra de Schumpeter - A teoria do desenvolvimento econômico (1982), passando ao escopo da inovação na teoria da modernidade em David Harvey e na condição política pós-moderna, de Agnes Heller, tomando-se as suas obras – Condição Pós-moderna e A Condição Política Pós-Moderna. No terceiro capítulo, verificamos se a noção de cultura da inovação inscrita como cultura na Modernidade Líquida, adere ao conceito formulado por Zygmunt Bauman nesta sua obra, diante do que nos colocamos a pergunta, teríamos todos nos transformados em meros prestadores de serviço ao capital, ou a obra de seu epígono e último iluminista, a saber, Karl Marx, já não adequa-se ao metro-critico em apenso a este período que é proposto pelo velho Marx adequando-se ao tema da teoria dos sistemas segundo a influência de Parsons, adequando-se ao neopragmatismo advogado pelo filósofo alemão Jurgen Habermas, enfim, para entender se este mundo passou de fato por uma transformação numa época tal qual teorizado de uma certa forma, redefinindo a modernidade ocidental pelo conceito de pensamento pós-metafísico desde a perspectiva desenvolvida pelo neopragmatismo até Habermas e sua ótica fundada no iluminismo da sociedade esclarecida (auffklarer).
Palavras-chave: Modernidade; Cultura da Inovação; Política de Ciência e Tecnologia (C&T); Pró-Desenvolvimento.